sexta-feira, 29 de junho de 2007

O jeito

Dizer alguma coisa para uma criança de um ano e meio exige penso. Ou seja, não se pode dar uma ordem ou pedir alguma coisa de forma dúbia. Aprendi isso com algum custo (financeiro): há alguns dias o Vicente pegou uma jarra de vidro de dentro do armário e a babá disse "larga isso". Ele largou e a jarra se espatifou no chão. Ontem, mesmo erro, mesmo resultado. Foi a vez do vidro de erva-mate.

"Aô"

Vicente passou da fase de só colocar o telefone no ouvido e agora fala. Ontem falou com a vovó Mariazinha. Ele diz em alto e bom som "aô!". É tudo. Com boa vontade ele até diz "tau", mas é raro. Também não ouve o que a outra pessoa fala. Nessa hora, ele passa o telefone para quem estiver perto, tipo "agora-é-contigo-porque-não-me-interessa-mais".

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Corneteiro

Meu filho é o maior corneteiro que há. Sexta-feira, fui com ele para a rua e, quando vi, ele gesticulava chacoalhando a mãozinha em frente a boca (é o jeito de dizer que alguma coisa cheira mal). Olhei em volta e a única pessoa que vi foi uma moça amarrando o tênis. Olhei melhor e percebi que ela usava uma camiseta do Inter...

Não bastando, domingo fizemos um churrasco para comemorar o aniversário do Fábio e, em ritmo de Grenal, nos fardamos: eu com a camiseta do Inter e os dois, com as suas do Grêmio. À primeira vista, o Vi pareceu estranhar me vendo vestir uma "fedidinha". Logo em seguida, virei motivo de deboche. Vicente passou o dia todo chacoalhando a mão na frente da boca toda vez que chegava perto de mim.

Dai-me forças...

Festa Junina

Sábado fomos na festa junina do Anchieta. O João Pedro e a Victória, priminhos do Vicente que estudam no colégio, convidaram. O Vi se divertiu muito, assistiu compenetrado às apresentações das crianças, correu, comeu pipoca e refugou o algodão-doce. Foi com a Vicki na piscina de bolinhas e enlouqueceu quando descobriu o Orbital. Para quem não sabe, é um brinquedo em que a criança fica presa pela cintura, pelos pés, e segura com as mãos na parte de cima. Fica naquela posição do Homem Vitruviano, de Da Vinci. São vários arcos que quando começam a girar, ficam se sobrepondo enquanto a criança gira em todas as direções. Ocorre que só crianças com, no mínimo, um metro e vinte podem brincar e o Vicente, do alto dos seus 80 centímetros, ficou eufórico tentando passar da cerquinha para entrar.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Cachorrinho


O Vicente adora cachorro e o Fábio está fazendo campanha em prol de um bichinho lá em casa. Agora, a minha amiga Mariana se engajou na campanha e é a mais nova aliada e incentivadora do projeto. O cão aí em cima é o Rocky, cachorrinho dela e parente daquele que ela pretende que seja o cão do Vicente.

"Estou" contra. No entanto, ontem mesmo, percebi que talvez eu deva reavaliar a minha posição. Fui ao supermercado e, entre as compras, estava um pacote de papel higiênico com um cachorro estampado. Quando cheguei em casa, o Vicente viu o pacote, pegou, abraçou e beijou o desenho do bicho...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Escolinha - Capítulo 1

Começamos a pensar na possibilidade de colocar o Vicente numa escola infantil meio turno. Ontem fui olhar uma perto de casa. É uma que não é a minha menina-dos-olhos porque acho meio feinha, pequena, mas enfim, tem a vantagem de ficar a uma quadra da minha casa então resolvi olhar. Conversei com a coordenadora e fui conhecer a escola. Foi a primeira que visitei e eu realmente espero que a primeira impressão não seja a última.

Achei tudo muito caseiro. As crianças da faixa etária do Vicente ficam num quarto da casa que não deve ter mais do 3x3 m (e são 12 crianças). Quando olhei aqueles bebês, uns sentadinhos nos banquinhos, uns brincando, uma veio correndo na porta sorrir para mim, me deu vontade de chorar. Cheguei numa hora em que não estavam fazendo nenhuma atividade e a professora só estava ali cuidando, mas não fazia nada com nenhum deles e nem havia brinquedos esparramados pelo chão. Embora a coordenadora tenha me falado de todas as maravilhosas atividades que a escola oferece, saí de lá com vontade de mandar as outras mães levarem seus filhos para casa e contratarem uma babá. É melhor e mais barato. O preço da mensalidade se equivale ao que paguei pela minha pós-graduação há dois anos atrás...

Numa análise mais imparcial: talvez a escola não seja tão ruim assim, talvez eu é que não esteja preparada para deixar o meu filho lá. Mas o fato é que, por hora, os brinquedos de casa, a babá e os passeios no pátio e na nossa rua me parecem mais apropriados.

A ferragem da esquina

Na esquina da nossa casa tem uma ferragem e, na porta, já na calçada, está exposto um carrinho de mão, encostado na parede. A posição do carrinho permite que se gire a roda. Ontem, quando cheguei em casa para almoçar, encontrei o Fábio e o Vicente brincando na roda. Não é a primeira vez. Ela tem sido nossa parceira nos momentos de sairmos de casa. Basta a babá convidar o Vicente para caminhar em direção à ferragem que ele vai tranqüilo e entusiasmado. Tomara que não vendam o carrinho tão cedo. Até lá, não teremos choro.

Aliás, o Fábio falou que quando ele chegou, um pouco antes de mim, Vicente o esperava sentado no degrau do portão, bem comportado, como gente grande.

A vida voltando ao normal

Uma noite inteira de sono, sem nebulizador. Foi assim a noite passada. O Vi melhorou da gripe, não precisou nebulizar na madrugada e nem acordou chorando e querendo sair da cama porque, deitado, não conseguia respirar. O Fábio levantou algumas vezes para atender pequenos choramingos, cobrir e colocar o bico. Nada demais comparando com as noites anteriores.

Finalmente mamãe!

O Vicente finalmente diz mamãe. Na língua dele claro, mas pelo menos ele se refere a mim quando fala. Eu estava me sentindo meio mal com a história dele identificar a banana pelo nome e não a mãe dele. Aconteceu a primeira vez no carro, domingo, quando voltávamos de viagem. Ontem, de novo, estimulado pelo "papau", que é o Fábio, me chamou de "mamama" várias vezes. Tudo bem que a palavra tem uma sílaba a mais, mas o que importa é a manifestação verbal diretamente associada ao objeto, que sou eu. Bem legal!

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Um pódium chamado caixa verde

A caixa de guardar os brinquedos é verde. O sonho do Vicente é virar ela de ponta-cabeça, subir e pular. Eu nunca deixo porque depois ele pode querer fazer sozinho e cair. Só que ontem, a caixa foi a minha salvação. Toda hora eu precisava limpar o olho dele com água boricada em função da gripe e era uma briga. A solução foi liberar a caixa verde para esses momentos. Ensinei ele a subir para limpar o olho e, a partir daí, toda vez que eu dizia "vamos subir na caixa verde para limpar o olho", ele dizzia "táááá" e subia bem faceiro. Eu limpava, ele sapateava um pouco, levantava os braços como um vencedor, descia e continuava brincando. Quero só saber como foi hoje: a babá não sabia disso e ele deve ter passado o dia querendo subir na caixa.

Inspiração

Estou achando meus textos chatos. Na verdade, só consigo escrever sobre coisas reais e atualmente, só o que há de real é o resfriado do Vicente. Essa noite o Fábio estava viajando e nós ficamos sozinhos. Ele dormiu mal, com o peito roncando a noite inteira, tossindo. Uma hora da noite cheguei a pensar em ligar o chuveiro do banheiro bem quente e ficar lá dentro, no vapor, com ele para ver se destrancava um pouco. A única coisa boa da gripe é que, pela primeira vez, oVi rejeitou a camiseta do Grêmio. Não quis colocar para assistir ao jogo com o Boca ontem.

terça-feira, 12 de junho de 2007

Com gripe, mas sem culpa

Vicente continua gripado e há dois dias tem febre. Ontem falei com a Márcia, minha prima pediatra, e ela está me ajudando a cuidar dele. Mas a melhor notícia foi que ela me contou que leu no blog sobre o meu arrependimento por não ter vacinado o Vi contra a gripe, ficou morrendo de pena de mim e estava para me ligar para me tranqüilizar: a vacina só protege contra a gripe provocada pelo "influenza", que não é o caso do meu filho. Embora tenha passado a noite levantando para cobrir o Vi, ver se não tinha febre e se o nariz não estava trancado, dormi bem melhor a noite passada.

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Bute

Ontem coloquei o Vicente na cama com a mamadeira e o Lúcio. Ele costuma dormir sozinho. Depois que toma o leite, geralmente eu ou o Fábio vamos lá, damos o bico (carinhosamente apelidado por nós de "búti", como eu chamava quando criança), ele põe o Lúcio sobre a orelha que está para cima e dorme. Em função do resfriado, resolvi deixá-lo sem o búti para ver se conseguia dormir melhor. Passada meia hora, comecei a ouvir resmungos no quarto. Cheguei perto da porta e ouvi "bute-bute-bute-bute-bute...". Comecei a rir e entrei no quarto. Ele reclamava deitado, com o Lúcio na orelha e os olhos fechados. Coloquei o búti na mesma hora.

As noites

Estou muito arrependida de não ter ouvido a recomendação da pediatra e não ter vacinado o Vicente contra a gripe. Ele está novamente com o narizinho correndo. Nessa semana, foram três noites mal dormidas. Na última, ele acordou as quatro e pouco da manhã e não conseguimos mais fazê-lo dormir. Lá pelas cinco e tanto eu resolvi ligar a tv no discovery. Ele ficou no meu colo, olhando desenho e quando eu já não aguentava mais, sentei no sofá com ele do meu lado. Enrolado na coberta, encostado em mim e agarrado no Lùcio, pegou no sono. E nem eram os Backyardigans.

Tapetes

Estávamos escolhendo tapetes para a nossa sala e um fornecedor esteve lá em casa levando alguns para nossa avaliação. Cada vez que ele abria um e esparramava no chão, o Vicente inflava o peito, sorria e começava a correr em cima como se fosse um palco ou uma área especial para brincar. Compramos os tapetes, colocamos e, agora, o Vicente, já acostumado, não fica mais tão eufórico, embora continue gostando. A boa experiência fez com que comprássemos um tapetinho daqueles emborrachados, de encaixar as peças, para o quarto do Vi. Na expectativa de que ele reagisse com entusiasmo ainda maior porque cada quadradinho era de uma cor, montamos. Nem bola. Agiu como se ele sempre tivesse estado ali. Vai entender.

Mamam

Ontem era feriado e fomos almoçar em uma churrascaria lá na zona sul. Ficamos passeando e não percebemos que já era uma da tarde e o Vi ainda não tinha almoçado. Falamos várias vezes dentro do carro que estávamos indo almoçar e acho que o Vicente entendeu. Esperou com toda paciência e nem chorou de fome. Quando entramos no estacionamento do restaurante e o Fábio começou a manobrar o carro, o Vi disse "mamam"...

terça-feira, 5 de junho de 2007

Músicas

As músicas fazem parte da vida do Vicente desde que nasceu. Ele sempre teve as preferidas para ouvir, para dançar e para dormir. Passando por Ursinho Pimpão, A Barata diz que Tem e atualmente, para dormir, Bicho Tutu, e para dançar, cd Casa de Brinquedos. Agora, a novidade é trilha para trocar a fralda. O hit do momento é Sapo Cururu, com direito a mãe fazendo performance para conseguir que o filho fiquei deitado para trocar.

Há alguns dias, grata surpresa em relação ao gosto musical: a vovó e o vovô assistiam a uma ópera do Pavarotti e quando o Vicente viu, ficou hipnotizado em frente à televisão. O melhor e mais engraçado é que aplaudia ao final de cada música.

Ontem eu coloquei um DVD com um musical de um grupo de dança mineiro com Milton Nascimento e a reação foi a mesma. Hipnose e aplausos.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Muito além do cavalinho de madeira...



Há alguns dias, vovó Mariazinha, vovô Alceu, dinda Deti e dindo Itio estiveram passando uns dias conosco (não tem foto porque a máquina estava estragada). Da vovó e do vovô, o Vi ganhou um cavalinho de madeira, daqueles que só tem cabeça e o corpo é um cabo. Ele apredeu rápido a cavalgar e a fazer barulho com a boca incentivando o cavalo a andar.


Em Cambará, Vicente foi muito além do cavalinho de madeira: conheceu uma estrebaria, cavalos crioulos, deu feno para os bichos comerem e, como se vê acima, descobriu que eles não usam fraldas.

A corrida




Uma das brincadeiras preferidas do fim de semana foi "a corrida". O Fábio ensinou o Vicente a "largar". Funciona assim: eles se colocavam em posição de largada, eu contava até três e, no já, os dois saiam correndo.


Uma variação era o Fábio segurar nas mãos do Vicente e correr segurando ele, que mal tocava os pés no chão.


Depois de várias corridas, o Vi já cansado, só queria largar. Dava três passos e largava de novo...

Toca-manta


Nesse fim de semana fizemos um programa especial. Eu, o Fábio e o Vicente fomos para Cambará do Sul passar frio. A opção foi para, quem sabe, apresentar o Vi à neve, o que não aconteceu. Mas valeu muito a pena porque estava muito frio, ficamos numa pousada muito aconchegante, o Itaimbezinho é lindo e tivemos muito espaço para correr e brincar no sol.


Fez tanto frio que o Vi até concordou em usar a toca-manta e a luva que compramos para ele.