terça-feira, 24 de julho de 2007

A música do fim de semana

Lá no tio Toto tem uma série de instrumentos vindos da Bahia: bongô, pandeiro, cavaquinho... Domingo foi formada uma banda composta por: Rafa no bongô, Regi no cavaquinho, Toto no pandeiro, Guigo na cuíca. O Vicente e a Rafaela foram os dançarinos e eu, o Fábio e a Raquel a platéia...

Um show! Só faltou o vô Alceu nas colheres.

O tom de voz

Descobri que o tom de voz representa boa parte da percepção do Vi sobre o que vai acontecer. Quando eu saí para viajar hoje, eu disse em tom festivo: a mamãe vai viajar! E completei com "tá bom" bem alto e brincalhão, chacoalhando a cabeça para frente. Ele me respondeu no mesmo tom e com o mesmo balanço de cabeça: ta b (tá bom na língua dele).

Tagarelisse

O Vi está muito tagarela. Hoje cheguei em casa para almoçar e ele estava deitado na cama conversando com a mamadeira. O suco tinha terminado e ele batia um longo papo com os bichinhos pintados nela: abud abad ba ba badu bu...

O Vi faz chimarrão

Fábio ensinou Vicente a fazer chimarrão. Começou com o Vi subindo em uma cadeira na cozinha, de onde observava o pai fazendo o chima. O Fábio explicava didaticamente cada passo do chimarrão. Por exemplo, arrumar a erva, colocar a água, etc. Pois bem, o guri aprendeu.

Agora a brincadeira do momento é construir cabanas de almofadas e fazer chimarrão sentado dentro. Funciona assim: o Fábio constrói a cabana, o Vi senta dentro e então o papai começa o roteiro do chimarrão.

Virando a erva: o Vi coloca as mãzinhas abertas uma em frente da outra e chacoalha para cima e para baixo como se segurasse a cuia na horzontal e batesse a erva.

Colocando a água: o Vi levanta o bracinho acima do ombro e com o dedo indicador apontando para baixo, faz "xxxxxxxx".

Tá pronto: a esse sinal, o Vi leva a mãzinha a boca, chupando os dedinhos, como quem toma o chimarrão.

Fantástico!

Ainda do aeroporto...

Não tem quase nada a ver com o Vicente, só que eu espero que se um dia ele viver uma situação parecida, alguém haja como eu estou agindo. Também não é engraçado, mas é meu momento de indignação.

Meu companheiro de vôo até aqui era um menino de 9 anos. Casualmente, ele também vai para BH e no mesmo vôo que eu. Ou seja, será meu companheiro no restante da viagem. O garoto viaja sozinho pela primeira vez. Vim conversando com ele e descobri que o vôo dele deveria ter saído de Porto Alegue às 14h, com destino a Guarulhos, onde faria conexão para BH. Pois bem, ele foi embarcado para o Rio de Janeiro às 16h10, para pegar uma conexgão às 21h10 para BH que não vai sair daqui antes das 23h. Imediatamente perguntei se a madrinha que o levou no aeroporto sabia disso. Ele disse que não porque a mudança ocorreu dentro da sala de embarque.

Chameio o comissário e perguntei se os pais haviam sido informados da mudança de vôo. Ele me disse que o procedimento seria sim. Não muito convicta, na escala em Florianópolis pedi para o comissário me dar o telefone da madrinha que constava no documento do garoto. Ele não deu porque o procedimento não permitia. Comecei a me irritar. No desembarque aqui no Rio, acompanhei o garoto e quase bati no despachante para ele me dar o telefone da madrinha. Ele deu. Liguei do meu celular e a coitada já estava aflita porque a mãe do garoto ainda não tinha ligado dizendo que ele tinha chegado. Aí minha irritação mudou para uma raiva louca da Tam, do caos, da aeronáutica, do Lula. Tudo personificado no despachante a quem só consegui chamar de irresponsável.

Imagina a mãe esperando sem notícias o garoto, vindo de um vôo de São Paulo. Imagina a mãe sabendo que o vôo foi cancelado e ninguém localizando a criança ou então o vôo chegando e nada do guri. Eu imagino, você imagina, mas o despachante não imagina.

Agora o menino está sentado aqui perto, na área reservada para menores. Fiquei num lugar onde ele pode me ver. Volta e meia ele se vira. Comprei uma revistinha Recreio e daqui a pouco vou levar uma coisa para ele comer.

Agora, o mais curioso: o nome dele é Welington! Lembram, parentes próximos? O segundo.

Tempo é o que não falta...

... quando se vivencia o caos aéreo e se deseja chegar a algum destino. Estou no aeroporto do Galeão, no Rio, tentando ir para Belo Horizonte. Meu vôo que deveria sair às 21h10 está previsto para chegar aqui às 23h (recebi essa informação há cerca de meia hora e estou com medo de atualizá-la no balcão...).

Isso me dá algumas longas horas para atualizar o blog, o que começarei a fazer agora.

sexta-feira, 20 de julho de 2007

A básica e o plus

Hoje de manhã saí de casa convicta da percepção do Vicente a meu respeito e a respeito do Fábio. Eu sou a básica e ele é o plus.

O que isso quer dizer: Vicente sabe que eu estou sempre ali, que eu sou a que organiza as coisa, que garanto a fralda de todo dia, que beijo o machucado, atendo as necessidades. O Fábio é o plus porque é ele que comanda as brincadeiras mais divertidas, que faz os programas diferentes, que compra DVD de carrinho e senta junto para olhar, que carrega nos ombros, que ensina a fazer chimarrão, que constrói cabanas.

O raciocínio do básico e do plus veio depois que ele me deu tchau hoje pela manhã. Geralmente ele chora quando saímos. Hoje, eu saí e o Fábio ficou. Fábio e ele estavam sentados no chão da sala brincando e ele abanou pra mim sem qualquer menção de querer ir junto. Se fosse o Fábio saindo, certamente teríamos uma pequena crise.

Dedução: o plus sem a básica é plenamente aceitável; já a básica sem o plus...

terça-feira, 17 de julho de 2007

Pra quem ainda não conhece...


... aí estão eles: OS BACKYARDIGANS!
A Ficher Price vai começar a vender os bonecos no Brasil...

O corte de cabelo

Sempre cortamos o cabelo do Vicente com o Hector, um castelhano que atende na loja infantil do Corte Zero no Iguatemi. Sábado, resolvi levar o Vicente perto de casa, para cortar no salão onde eu faço manicure. Só que o senhor que corta, embora bem gentil, não está familiarizado com crianças que não param na cadeira. Não deu certo e fui embora com a promessa de tentar novamente durante a semana. Mas como o comprimento do cabelo já estava me incomodando, resolvi tentar num outro lugar. Levei o Vi no Praia de Belas. Lá tem um carrinho-cadeira igual aos do Iguatemi e eu acreditei que daria certo. O Vi sentou e começou a dirigir fazendo "brrrrrr". Durou pouco. No que ele viu o pente na mão do rapaz que ia cortar, começou a estender os braços para mim para eu tirá-lo dali. Foi aí que se seguiu o seguinte diálogo entre mim e o cabelereiro:

Ele - Segura nos braços que eu corto.
Eu - Como assim, segura nos braços?
Ele - Toda criança chora para cortar, os pais tem que segurar.
Eu - Mas não é assim, segura nos braços...

Vicente berrando e querendo sair, eu atordoada, o cabelo comprido, o cabelereiro insistindo, resolvi tentar e segurei os braços.

Vicente continua berrando enquanto o cabelereiro começa a passar a máquina 4, ao mesmo tempo em que começa a cantar uma música mais alto que o choro do Vi. Nessa hora tive vontade de bater nele.

Terminou. Tirei o Vi do carrinho e ele parou de gritar no minuto seguinte. O cabelo perfeito, nunca foi tão bem cortado e eu, me sentindo como se tivesse saído de uma máquina de lavar onde tivessem acabado de me centrifugar.

Seguiu-se o seguinte diálogo entre mim e o cabelereiro:

Ele - Viu, ficou bom.
Eu - Você tem filhos?
Ele - Não.
Eu - Ainda bem, tua didática ainda tem que melhorar muito antes.
Ele - Toda criança chora, é normal. Tem quem chore até com seis anos.

Fui embora pensando em voltar porque como toda mulher, penso que o bom corte vale o sacrifício. Mas isso foi antes do Fábio saber disso tudo. Já me proibiu...

Fusca


O amor do Vicente pelos fuscas já vai muito além do fuquinha que decorava o quarto do hospital onde ele nasceu. Ele já reconhece um "fuca" de longe. Domingo de manhã passamos de carro pelo largo da Epatur e o Fábio resolveu parar para o Vi poder olhar a exposição de fuscas que acontecia ali. Quando ele enxergou, só faltou saltar da cadeirinha. Apontou o braço bem esticado e o dedo mais esticado ainda e fez um UUUHHHH bem alto. É engraçado porque ele chega a se emocionar. Dobra as perninhas, corre, aponta o dedo e ri.

Domingo no Parque


Domingo fomos no Parque da Redenção. Para quem não sabe, nos domingos frios e ensolarados de inverno em Porto Alegre, caminhar pelo brique da Redenção é o programa matinal mais comum. Estava lotado e cheio de atrações: banda da Brigada Militar, brinquedos infláveis do Sesc e o insubstituível diverte-crianças Zaapt Zum - o parque de diversões.

Começamos pela cama elástica do Sesc, que tinha uma fila enorme. Fiquei na fila enquanto o Vicente dava voltas ao redor da cama e insistia com o recreacionista de que precisava entrar. O Fábio corria atrás, pegava no colo, mostrava as outras crianças e explicava que ele tinha que esperar. A vez chegou. Tiramos o tênis e lá se foi, pulando, correndo e caindo na cama. O engraçado é que o Vi ainda não se impulsiona com as pernas. Ele só sabe jogar o corpo e a cabeça para cima. Então ele pula sem tirar os dois pés do chão e chacoalha tanto a cabeça que parece que vai se desnucar. Mas mesmo assim, não se intimida. Pulou os três minutos a que tinha direito e saiu do brinquedo cançado e sem reclamar.

A segunda parte foi a banda da Brigada. Levamos o Vi para assistir achando que ele ia sair dançando, mas não rolou. Ele nem deu muita bola. Acho que não entendeu que o som saia daqueles instrumentos enormes.

Depois veio o parque. Compramos três ingressos e saímos andando para escolher os brinquedos. O primeiro foi o Carrossel. O Vi e o Fábio andaram e ele adorou. Foi o tempo todo fazendo barulho de cavalinho com a boca e dando tchau para mim, que fiquei do lado de fora. Depois é que veio o problema: nenhum outro brinquedo permitia a entrada do pai ou da mãe para segurar a criança. Andamos, andamos, até que nos encorajamos a colocá-lo num carrinho dos Flinstones, que tinha sinto de segurança. Meio inseguros, colocamos e ficamos um de cada lado da cerca que contornava o brinquedo, preparados para, a qualquer momento, pular e segurar um Vicente sem noção de perigo, em pé no carro. Mas, como sempre, ele nos surpreendeu: apesar da nossa tensão, ficou sentadinho "dirigindo" e fazendo "brrrrrr".

Tensão amenizada, o terceiro ingresso foi gasto em nova rodada no Carrossel...

terça-feira, 10 de julho de 2007

Foto do Velhinho



A GABI CONSEGUIU FOTOGRAFAR O MOMENTO!

sexta-feira, 6 de julho de 2007

A filmadora

Toda vez que pegamos a filmadora para gravar alguma coisa do Vicente, só conseguimos fazê-lo até que descubra que está sendo filmado. Quando ele percebe, corre para a máquina para ver o que está aparecendo na telinha. Só quer ficar atrás da câmera. Dizem que filho de peixe, peixinho é...

Bons modos

Quando era um pouco menor, o Vi terminava de tomar a mamadeira e atirava no chão. O Fábio ensinou a ele como colocar sobre o móvel mais próximo ou dar na mão do adulto que estiver perto. É muito engraçado porque ele termina e fica procurando onde colocar. Não larga enquanto não acha um lugar ou uma mão. Nunca mais atirou no chão. A única exceção é quando está na cama, que aí ele termina e larga pra poder agarrar o Lúcio pra dormir.

Coisa quente

O Vi já sabe se defender das comidas quentes. Agora, se a gente dá uma colherada de comida meio quente, ele fica com a boca aberta e assopra. A comida permanece na boca, mas ele assopra mesmo assim. Muito bonitinho.

quinta-feira, 5 de julho de 2007

Novo priminho (ou priminha)

O João Pedro e a Victória vão ganhar um irmãozinho (ou uma irmãzinha). Soube hoje, quando a Fabi me mandou um e-mail, e fiquei super feliz por eles. Além de mais um personagem para o blog, mais um amigo para o Vicente, vamos ter a chance de retribuir as trocas de fraldas feitas pela Fabi e o Neco no Vicente.

Na primeira conversa, eu apostei num menino e o Fábio, numa menina.

Velhinho

Já faz tempo que o Vicente aprendeu uma brincadeira muito estranha. Eu não tinha publicado ainda porque queria ter fotos, mas não consegui pegar ele no momento certo ainda. A brincadeira consiste em estar em pé, dobrar as costas para a frente com os braços soltos ao longo do corpo e andar meio encurvado. Quando a gente diz “filho, anda que nem velhinho”, ele assume a posição e sai andando. É cômico.

Hoje estou viajando e há pouco liguei para casa. A babá me contou que ele insistiu muito para que ela desse o palhaço de montar. Ela deu, ele sentou, desmontou o boneco todo, pegou somente o eixo principal, que é um caninho de plástico, segurou numa ponta e saiu andando como um velhinho de bengala...

Fiquei me perguntando se ele viu isso em algum desenho que assiste, se tem algum personagem vovô de bengala e não consegui lembrar. A única lembrança que tenho é da mãe do Itio, meu cunhado, que o Vicente viu em dezembro e ela andava de bengala. Lembro que, na época, ele gostou muito de pegar a bengala para brincar. Mas será que ele pode ter feito essa relação depois de tanto tempo...