quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Mas ainda assim, vale a pena


Apesar do mau-humor do Papai Noel do Iguatemi. O passeio rendeu algumas boas fotos. A visita à vila do bom velhinho foi bem legal.

O bom velhinho


Ainda não tínhamos levado o Vicente para ver o Papai Noel. Ontem fizemos isso e fomos com ele até o Iguatemi. Ele adorou os bonecos gigantes pendurados, mas não curtiu muito o bom velhinho. Não quis chegar perto, olhou meio desconfiado e se recusou a sentar no colo. Lá pelas tantas o nem tão bom velhinho assim, com uma sutileza de elefante, disse para o Fábio: "vem junto para bater a foto e não pergunta se ele quer, traz."... Fiquei pensando que ainda bem que ele não desce de verdade na chaminé de nossas casas.

Percepções sobre a mudança de babá

Ontem o Fábio me disse que acha que a Ana se arrependeu de ter pedido demissão. Ela teria comentado que faltou conversarmos melhor antes da decisão. Que ela só não poderia dormir lá em casa uma vez por semana, mas que de resto, tudo poderia continuar como estava. Pois bem, costumo dizer que as palavras não ditas são as que causam os maiores danos. Aí está uma prova disso.

Não tem relação, mas tem...

A nova marca da Vale foi lançada hoje, ao meio-dia. Isso significa que agora minha vida volta ao normal e o blog será atualizado mais constantemente, até porque terei mais o que contar já que ficarei mais tempo com o Vicente. Nos dois últimos meses viagei como há muito tempo não acontecia, chegando a ser dia sim, dia não, chegando a ter reuniões em outro estado no sábado à tarde e chegando a esquecer que feriados não eram dias úteis. Valeu muito a pena. Nosso trabalho está lindo, perfeito. Essa explicação é para me redimir de tanta ausência aqui no blog. Mas também é para o Vicente saber, no futuro, quando ler esse post, que a mãe dele dirigiu o processo de comunicação interna que informou todos os empregados da maior empresa brasileira sobre a mudança do seu nome e marca. Como vocês podem ver, estou bem orgulhosa!

terça-feira, 20 de novembro de 2007

A oração do Wellington

A Rosa me contou que desde que ela voltou de Minas, o Wellington fala em mim. Disse que ele não parou de dizer para ela me ligar e que sempre fala que queria que ela trabalhasse comigo. Quando ela arrumou emprego em outra casa de família, chegou a ouvir do filho que ela não deveria aceitar, que deveria esperar. Vejam só...

Mas o melhor de tudo é que ela me contou que a avó dele é adventista, que o Wellington freqüenta a igreja com ela e que, há alguns dias, ele disse para a Rosa que orava por mim sempre.

Quando eu o ajudei na viagem para Minas, fiquei pensando que, se algum dia o Vicente precisasse, alguém fizesse por ele o mesmo que eu estava fazendo por aquela criança. Nem precisei esperar muito... parece que o próprio Wellington já fez. E, na minha percepção, muito mais do que eu por ele.

A Ana e a Rosa

Pois bem, achei que esse dia nunca chegaria, mas chegou. A Ana pediu demissão. Numa atitude altamente improvável nos dias de hoje, ela decidiu trabalhar menos para ficar mais com o marido. A segunda razão, mais nobre, é ajudar a filha a cuidar da neta. Não sofri. Dessa vez fiquei indignada e com vontade de chacoalhar ela pelos ombros dizendo: cai na real!

Passada uma noite de sono e decidida a não sofrer, comecei o dia indo ver uma escola perto de casa que me tinha sido recomendada. Maravilhosa e está decidido que o Vicente vai para lá, meio turno em março. Com isso, só ficarei refém da futura babá na parte da manhã. Metade do dia estará resolvido.

Saí da escola e fiz dois contatos: a Edi, que trabalha com a minha prima e foi quem indicou a Ana, e a Rosa, aquela de alguns posts atrás, mãe do Wellington, que viajou comigo para visitar a mãe, que morava em Minas, etc, etc, etc...

Aí, mais uma casualidade do destino: a Rosa está saindo do atual emprego porque não quer dormir e a patroa quer que durma. Sorte grande! Eu e o Fábio já fomos entrevistá-la e adoramos. Ela é tudo de bom e tende a ser uma ótima nova babá para o Vicente.

Momento reflexivo: hoje eu tive certeza que devo sempre acreditar nas minhas intuições. Se eu nunca tivesse entregue o bilhete para o Wellington entregar para a mãe, lá em Minas, minha angústia de hoje teria durado mais tempo do que estas poucas horas...

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Ainda sobre as lembranças do Vicente


Domingo fomos passear com o Vicente no Jardim Botânico. Muito legal. Para quem não foi, recomedo. Especialmente com crianças, é muito divertido. O ápice do passeio foi quando encontramos um lago com cisnes. Como eles estão acostumados a ganhar comida dos visitantes, se aproximaram rápido quando chegamos. O Vi não queria mais sair dali. Ensinamois ele a juntar as folhagens do chão e dar na boca dos cisnes e ele ficou, por um tempão, fazendo isso. Os bichinhos são muito dóceis, um amor. Também vimos peixes, passarinhos, cardeais.

O problema foi que o passeio teve que ser encurtado porque o Vi achou um buraquinho no chão, cheio de algas dentro e resolveu por o pé. O problema é que não era um buraquinho, mas sim um buracão quase do tamanho da perna dele. Resultado: se molhou todo, não tínhamos outra roupa e nem outro tênis para trocar, estava frio e tivemos que ir embora. Com muita pena e quase aos prantos (os três).

No balanço, mais uma palavra no vocabulário do Vi: "cines"

As lembranças do Vicente

A memória do Vicente é uma coisa impressionante. Ele lembra das coisas por muito tempo depois delas terem acontecido. Às vezes, temos até dificuldade em descobrir do que ele está falando porque a nossa memória já colocou aquele assunto na reserva há muito tempo.

A nossa garagem, lá em casa, fica perto de um murinho de onde se vê uma casa. Esses dias o Vicente saiu do carro e correu para o murinho. Olhando pelo meio das colunas, ele dizia:

- inha ão (e fazia sinal com a mão para cima de que estava sentindo falta de alguma coisa ali)

Perguntamos o que era e ele repetia:

- inha ão, inha ão

Perguntado pela segunda vez, deu-se a luz. Ele respondeu com outra palavra que refrescou nossa memória:

- guilo

Quando o tio Grilo esteve aqui, houve uma "festinha" nos fundos daquela casa e o "Guilo" ficou por algum tempo mostrando a festa para o Vicente. o "ão" significava a ausência da "inha".

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Testes

Entramos em fase de testes lá em casa. E o objeto dos testes somos nós, eu e o Fábio. Vicente faz de tudo para ver até onde pode ir: dá tapa nas nossas bochechas, bate as portas dos armários, batuca no fogão... Tudo coisas que já dissemos várias vezes que ele não pode fazer e vários castigos já foram aplicados (o castigo é ficar sentado em um cantinho pensando na sua atitude... jura... mas é assim que as educadoras recomendam).

Como ele já é reincidente, o castigo, que antes era aplicado no sofá da sala, agora passou a ser aplicado no cantinho do quarto de visitas. Além disso antecipamos em dois meses o aumento do tempo do castigo que corresponde à idade (com um ano, o castigo é de um minuto, com dois, de dois minutos).

Estamos sendo rigorosos, mas confesso que às vezes, quando ele nos olha e ri com aquela boquinha cheia de dentes, dá vontade de dizer que o tapinha nem dói, o barulho das portas nem irrita e o fogão já está velho mesmo e não tem importância se arranhar...

Cantoria

Vicente agora canta: a gente começa e ele termina os versos de algumas músicas que costumamos cantar para ele. A que mais gosto é: Eu vi uma BAATA na careca do VÔO / assim que ela me viu bateu asas e VOU / Seu joaQUIM QUIM QUIM da ENA torta ta / dançando ALÇA ÇA com a maricota TA.

Também estão no repertório Mãezinha do céu, sapo cururu e fui morar numa casinha...