quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Mamãe mumviova

Fábio ensinou o Vicente a me chamar de maravilhosa. Ontem eu estava em São Paulo e quando o Vi falou comigo no telefone, disse: "te amo mumviova". Adorei! Tanto o Fá ter ensinado isso a ele, quanto o jeitinho dele falar.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A independência

Estou em São Paulo hoje. No aeroporto, esperando meu vôo que só sai às 22h. Quando pus o Vi na cama ontem, depois da cantoria, expliquei que hoje eu iria viajar e que voltaria à noite. Ele tirou a mamadeira da boca, olhou para mim e disse: "papai fica?". Respondi que sim, e que a Rosa também ficaria. Sem rodeios, e dessa vez sem tirar a mamadeira da boca, estendeu a mãozinha e acenou para mim sem a menor preocupação. Eu queria um filho independente. Pensei nisso desde o dia em que ele nasceu. Aí está...

A professora de música

Sábado, a Aninha, filha da Débora e do Beto, dormiu lá em casa. Entre as brincadeiras, teve um show no qual ela cantou uma música pop que eu não sei de quem é, mas um trecho é mais ou menos assim "um anjo do céu, te trouxe pra mim, a jóia perfeita, gota cristalina". Não sei se isso está na ordem, mas o fato é que ela cantou várias vezes. Ontem à noite, o Fábio também cantou a mesma música brincando com o Vicente e na hora de dormir ele pediu "musca mova". Como eu tinha que fazer o leite, eu disse "a mamãe vai na cozinha fazer o leitão, enquanto isso, canta você para o Lúcio". Prontamente ele começou: "mãezinha céu, toxe mim, jóia pefeita, a, a, a, cicalina, a, a, a". Tirando o fato de ter confundido o começo com a cantiga "mãezinha do céu", ele cantou maravilhosamente bem, com todas as pausas e "a, a, a", que a música exigia.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Memória

Sábado fomos jantar na casa de amigos e passamos em frente ao consultório da pediatra do Vicente, na Lucas de Oliveira. Nesse consultório, levei o Vi apenas umas três vezes. A maior parte das consultas acontecem no centro. Eu e o Fábio estávamos conversando distraidamente, quando, ao passar em frente ao edifício, o Vi diz "doutora". Choque! Não dá para compreender como numa cidade do tamanho de Porto Alegre, pela qual andamos com o Vicente o tempo inteiro, ele reconhece o prédio onde fica o consultório da pediatra...

Não é a primeira vez que isso acontece. Esses dias ele reconheceu um terreno onde ficava um parque de diversões que o levamos uma vez, reconhece as ruas próximas da nossa casa e identifica o prédio da Happy e da Brun Vídeo quando passamos em frente.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Namoro

No condomínio, tem uma menina da idade do Vi que se chama Nicole. Eles são amigos, sempre brincam juntos. Ontem, o Vi estava andando de motoca e ela ficava em volta, passava a mão no rosto dele, agarrava o pescoço. Eu sugeri que ele levasse ela para dar uma volta de motoca e, mal terminei de falar, ela já estava sentada atrás dele, abraçada na barriga, e ele já andava empurrando os pés no chão bem rápido (não pedala rápido ainda). Na próxima vez que eu a vir, vou perguntar quais são as intenções...

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Nunca mais falei sobre isso...

... mas o Vicente já está super tranqüilo com o cocô. Pede direitinho, senta e não há mais nenhum estresse. Também já não usa mais fralda nem de dia e nem de noite. O xixi escapa de vez em quando, no meio de uma brincadeira legal que ele não lembra de pedir para ir ao banheiro, mas no geral está bem controlado.

Guri desaforado

Esses dias eu estava no carro com o Vi. Ele sentado na cadeirinha, brincando com um carrinho. Nós dois em silêncio. Numa sinaleira, freiei e o carrinho caiu no chão. De repente ouvi: "mais devagar, mamãe". Me deu vontade de rir, mas fiquei em silência. Aí ele disse: "batê carro titiu". Aí não deu, comecei a rir, com vontade de chamá-lo de desaforado. Quando eu arranquei com o carro, ele disparou a última: "segula peão!".

Churras na "tia Cheliu"

Ontem teve um churrasco lá na Cheril. O Vicente pôde matar as saudades porque desde sexta passada, quando ela e o Leco Doido jantaram lá em casa, ele só fala da "tia Cheliu". Pois bem, da casa dela dá para ver a torre da Claro bem de perto. Só que ontem, ele teve que dividir o entusiasmo entre a torre, a lua, a caixa d'água que também fica perto, os aviões que passavam com suas luzes piscantes e a mesa de sinuca. Sim, ele passou a noite convidando o Leco Doido para jogar sinuca. Quando voltamos para casa, ele dormiu no carro. Mas ao deitar na cama, meio dormindo, meio acordado ele disse: "Vi... (tempo para achar a palavra no seu vocabulário, demorou um pouco)... olhou... torre... caixa água... vião... lua...". Aí eu disse que era isso mesmo, que tinha sido muito divertido, dei um beijo e boa noite. Ele se abraçou no Lúcio (o boneco) e dormiu até hoje de manhã. Deve ter sonhado com as novidades.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Vocabulário e associações

Uma coisa engraçada que eu percebi ontem: estão faltando palavras no vocabulário do Vicente. Ele está falando tanto e entende tanto as coisas que às vezes ele quer contar ou pedir algo e não acha a palavra para dizer. Aí ele começa a frase com o verbo mas depois não consegue dizer o restante porque não lembra ou não sabe como. Fica paradinho pensando e tentando dizer, mas não vem nada ou vem uma coisa errada que ele arrisca para ver se é. Outra coisa que tem acontecido muito é que ele conta histórias que já aconteceram há algum tempo e a gente demora um pouco para entender do que ele está falando. Ontem à noite o Fábio levou uma motinho que ganhou no posto de gasolina e deu para ele. Imediatamente ele disse: "inina moto malela". Não entendemos e perguntamos o que era ele repetiu completando a frase: "inina moto malela meio mato". Demoramos um pouco e o Fábio lembrou: uma mulher (menina) andava em uma moto amarela no rally (meio do mato) que os dois assistiram na televisão domingo de manhã. E ontem era terça à noite...

Tabalá colinha

Estamos preparando o Vi para o início das aulas. Começam no dia 4 de março. Pois bem, nesse contexto, falamos sobre a escolhinha todos os dias, contamos que quando a mamãe e o papai forem trabalhar, ele vai para a escolhinha, que lá terá coleguinhas, que vai brincar com tinta, etc. Na semana passada, quando eu ainda estava em férias, até levei ele junto para encomendar as peças do uniforme. O engraçado é que ele entende tanto o que a gente fala que depois tira suas próprias conclusões. Ele inclusive deduziu que, como eu e o Fábio saímos para trabalhar na Happy e na Brun Vídeo, ele vai "tabalá colinha".

Esse guri faz coisas do arco da velha

Ontem o Vi tinha consulta com a médica dele. Era às 9h e o Fábio foi levá-lo. Eles me deixaram na Happy e seguiram para lá. No caminho eu disse para o Vi não esquecer de contar para a doutora que ele tinha ido ao jogo do Grêmio, no estádio. Reforcei que ela ia gostar de saber e que ele deveria contar. Quando encontrei o Fábio no almoço, ele me contou que quando chegaram no consultório, abriram a porta e apareceu a recepcionista. Prontamente, o Vi olhou para ela e disse: "foi jogo gêmio"...

Vicente no Olímpico

No sábado, o Fábio decidiu levar o Vicente para o Olímpico, ver o jogo do Grêmio contra o Novo Hamburgo pelo campeonato gaúcho. Embora os dois tivessem a companhia do Guigo, da Chana e da Gabi, achei melhor eu ir junto porque sabe-se lá o que acontece com esses gremistas dentro do estádio... Assim, depois de uma carninha feita na churrasqueira do jardim lá de casa, fomos para o estádio. Exceto eu, todos vestiam o fardamento do timeco, inclusive o Vi. Chegamos uns minutoas atrasados e quando estávamos do lado de fora, ouvimos a gritaria do primeiro gol. Pensei comigo "putz, perdemos de ver a reação do Vicente". Que nada, assim que avistamos o campo, mais um gol. O estádio vibrou e o Vi ficou impressionado, feliz da vida. Daí para a frente ele aplaudia toda vez que a torcida se manifestava, dançava ao som da torcida, comeu pipoca e picolé, e correu por todas as partes do estádio que o nosso ingresso permitia (até a próxima cerca). Fomo embora na metade do segundo tempo porque começou a chover e o Vi já estava com sono, mas eles segue contando para todo mundo o sucedido. Dessa vez me pareceu que eu realmente não tenho chance de reverter a situação desse guri.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Redação das férias

A exemplo do que acontece no primeiro dia de aula depois das férias, aí vai a redação das férias:

Dia 23 de janeiro viajamos para Tuparendi, para o primeiro destino de férias: a casa da Nona Sybilla. As atividades foram muitas: churrascos, brincadeiras na pracinha, com os primos, etc. Mas a principal delas foi a festa de 15 anos da Cacá, na qual Vicente teve uma performance fabulosa. Chegou à festa vestindo camisa azul de manga longa, calça preta e cintos pretos, gravata com bolinhas azul e tênis All Star. Um charme. Ficou impressionado com as luzes da entrada, que fizeram com que ele só quisesse ficar do lado de fora do salão, bebeu suco em taça de coquetel, com direito a fruta pendurada e tudo, participou ativamente do cerimonial quando conseguiu se desvencilhar de mim e ir até o colo do “tio Nolinha”, pai da aniversariante, pisoteou o gelo-seco como quem achava que era fumaça e fogo, adorou os artistas que lançavam fogo e dançou muito até às 3h da manhã, quando finalmente sossegou e dormiu em um colchão num cantinho do salão. Um anjo.

No dia 28, partimos para o que seria, um “reviver” do dilúvio: nossa semana em Itapema, na casa do vô Alceu e da vó Marizinha. Chegamos com chuva e permanecemos com ela nos cinco dias seguintes. Chuva de alagar a rua, o que fez com que o Vicente adorasse ir até a sacada do segundo andar para ver os carros fazerem “chafariz” ao passar. Mesmo com chuva, a estada foi muito divertida. O Sete Léguas, cachorro da casa, quase enlouqueceu com as brincadeiras do Vicente. Soubemos que, no dia em que viemos embora, ele dormiu a tarde inteira. A Victória e a Júlia foram as companheiras de brincadeira nas tardes chuvosas. Foi muito engraçado ver como eles, todos mais ou menos da mesma idade, já interagem. Numa tarde, na casa da Ane, eles começaram a brincar de esconde-esconde na cortina do quarto. O Vi se escondia e a Victória corria até a sala gritando que ele havia se escondido. Eu ou a Ane precisávamos ir até lá e “achá-lo”. Repetidas vezes. Nos dois dias com sol, o Vicente aproveitou muito a praia: comeu milho “alelo” (ele diz que não é milho verde), fez buracos na areia e pôs água, tomou banho de mar, pulou onda, tomou caldo, comeu picolé, andou de motoca e correu, correu, correu, correu.

Voltamos para casa no dia 2 de fevereiro, segunda-feira de Carnaval. O Vi veio o tempo todo dizendo que estava indo para a casa da vovó. Mas quando chegou em casa, reconheceu tudo e dormiu como um anjo na sua caminha.