domingo, 30 de março de 2008

Aniversário do blog

Falta pouco menos de um mês para o blog completar o seu primeiro ano. Preciso pensar em alguma comemoração. Aceito sugestões, é só publicarem nos comentários. Serão muito bem-vindas!

Relembrem...

Visitem os post sobre o rio Uruguai, a Páscoa e o cansaço de todo dia. Publiquei atrasadas as fotos deles!

Atrasado: A PASSAGEM DA COELHA CHANA NA CASA DO TIO TOTO




Na chegada, desconfiança. Depois do ninho, animação. Na saída, vários gritos de tchau como se estivesse se despedindo do melhor amigo.

Febrinha

Hoje o Vicente está com uma febrinha. Acho que remanescente do último resfriado ou talvez garganta. É impressionante o que essa temperatura um pouco mais elevada representa. Ele fica moído, só quer colo, só fala no meio do choramingo e hoje dizia "dodói", sem dizer onde. Acho que deveria ser porque doía tudo. Banho e anti-térmico resolvem rapidinho e minutos depois ele já está saracoteando de novo. Mesmo assim, assusta. Agora já está dormindo e acho que teremos uma noite tranqüila.

As músicas aprendidas na escola

O Vi canta de vez em quando as músicas aprendidas na escola. Felizmente, até agora, todas foram minhas conhecidas. As duas últimas:
a) casinha pim pim pim (acompanhada da coreografia com as mãos para imitar uma casinha e a infestação de cupins);
b) pobe di marré marré (me pegou de surpresa e tive que pensar um pouco para me lembrar do que penso ser o resto da letra. Não tenho certeza. Se alguém souber, publica um comentário com ela, por favor.)

É meu.

Hoje percebi que o Vicente aprendeu que tem coisas que são suas e outras que são dos outros. Dois amiguinhos passaram o dia conosco, a Cecília e o Francisco. Todo brinquedo que eles pegavam, Vicente dizia "é meu", e tentava retomá-lo. Foi preciso algumas intervenções para que as coisas se organizassem. Segundo o Ricardo, pai dos convidados, é um dos aprendizados da escola, já que lá ele precisa garantir que o brinquedo que escolheu vá, de fato, ficar com ele.

A primeira peça de teatro


Ontem levamos o Vicente para ver Lazzy Town, no teatro. Para quem não sabe, esse é um desenho-musical que passa no Discovery Kids. Chegamos quando estava tocando a última chamada para o início. Estávamos em um camarote e nos acomodamos rapidamente em nossas poltronas. Eu e o Vi. O Fábio, sob profundo pesar, não pôde ir. Estava trabalhando. Um menino um pouco maior do que o Vi chorava nos braços do pai, acho que com medo do que ia acontecer. Vicente sentou na sua poltrona com a maior cara de curiosidade, louco para saber o que ia acontecer.


Soou a chamada que sinalizava o início. As luzes começaram a reeduzir e, eis que o Vicente se dá conta que a maior parte das crianças tinha uma "luzinha pisca-pisca" em mãos. Me obriguei a pagar 10 reais pelo brinquedo que hoje não deve nem mais estar funcionando. Mas enfim, ontem ele era fundamental.


Luzes apagadas, pisca-pisca ligado, entram em cena os personagens. Preciso dizer que me emocionei. Não necessariamente com eles, mas com o Vicente. Sentado na poltrona, ele não tirava os olhos do palco. Dançou todas as músicas e, em um determinado momento, tirou os tênis para fazer isso em pé, na poltrona. Aplaudiu todas as vezes que um ato ou uma música se encerrou. Comeu pipoca comprada no intervalo e adorou colocar o pacote no lixo, que tem um formato diferente dos que ele conhece.


Tudo muito legal, como o próprio Vi contou para o vô Alceu hoje, no telefone. Uma recomendação para quem tem filhos pequenos: leve-os. Estará em cartaz ainda no próximo fim-de-semana. A peça é extremamente bem produzida e os personagens são perfeitos. É muito entusiasmante. Diga-se de passagem, a maior parte dos pais que estavam lá se divertiram tanto quanto as crianças.


Eu, como faço em toda a primeira vez, trouxe os ingressos do teatro para casa. Já estão na caixinha de "primeiras experïências"do Vicente.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Momento nojento

Ontem estava muito quente. Devia estar uns 30º quando eu e o Vi chegamos em casa à noite. Abri todas as janelas e sentamos no sofá. Em poucos minutos, uma dúzia de mini-baratas tinha entrado voando pela janela da sala. Quem me conhece sabe o que eu penso sobre elas e pode imaginar a minha reação (não, não gritei...). Agarrei o Vi pelo braço e levei-o para o corredor. Mandei que ficasse ali que eu ia colocar um veneno nas baratas. Peguei o veneno e fui, apavorada, em direção a elas. Comecei a apertar o spray e o Vicente dava gargalhadas da porta do corredor. De vez em quando eu precisava dar um pulinho para acertar uma que voava mais alto e aí ele caia mais ainda no riso. No fim, até eu ria da situação... Quando acabei com todas elas, fui rapidamente para o corredor e fechei a porta com medo de que alguma ainda pudesse nos atacar. Eu ainda com o veneno na mão e o Vicente ainda rindo, olhou para mim e com a mão no cabelo disse: "bota aqui cabelo Vi"...

A hora da saída...

Agora a escola já não é mais novidade. Quando chegamos para buscá-lo no fim do dia, ele já vai embora sem dizer inda não. Dois episódios engraçados dessa semana: num dia, quando me viu, ele correu para buscar a lancheira e veio em minha direção para irmos para casa. Em outro, quando me viu correu para me dar um abraço e parou na metade do caminho. Voltou até a professora e deu um abraço dizendo "até oto dia".

O cansaço de todo dia


Nessa semana, três noites o Vicente pegou no sono assim: por volta de 19, 20 horas, olhando desenho, no tapete da sala... Atualmente, quando chegamos em casa temos que correr com ele para o banho e para o jantar. Caso contrário, ele dorme do jeito que chegou em casa.

Páscoa



Passamos a Páscoa lá em Cidreira, na casa do Toto e da Regi. O Vi fez a maior festa na busca da macela na Sexta-feira Santa. Corria atrás dos ovinhos de chocolate que o "coelho" deixava no meio dos matinhos. No domingo, com direito a coelhinho de verdade e à coelha Chana (sim, a Chana vestiu a fantasia), foi o dia dos ninhos com chocolates. De manhã escondemos o ninho do Vi e fizemos trilho para ele encontrá-lo no pátio. Trilho de farinha e ovinhos. Fui meio portuguesa, porque o trilho fazia uma curva que ele facilmente desconsiderou e pulou do começo para o fim da busca...

quarta-feira, 19 de março de 2008

A hora no blog

Finalmente descobri onde eu acerto a hora no blog! Até hoje, eu escrevia às cinco da tarde e a hora que aparecia era nove da manhã... Agora está tudo certinho, inclusive os posts anteriores.

Galinha na escola

Liguei para o Fábio agora para saber se ele tinha pego o Vi na escola e ele disse que ainda estavam lá, olhando uma galinha. Na programação de Páscoa, hoje é o dia do "Vamos descobrir de onde vêm os ovinhos!".

Rio Uruguai





Quando eu era criança, costumava acampar com a família em Londero, um balneário no Rio Uruguai. Meus pais e irmãos freqüentaram o lugar a vida inteira e organizaram agora uma "excursão" para lá. Foram na quarta-feira e nós fomos no final de semana. Na sexta, quando levei o Vicente para a escola, ele chegou e foi direto contar para a profe que "Vi vai campamento vovô". Viajamos na sexta à noite e foi muito legal. Banho de rio, pescaria, barco a remo, lamaçal. Vida de criança. Na volta, segunda-feira, ele contou para a Rosa que "Vi esperou peixe". Acho que ele não se familiarizou bem com a palavra "pescou" e não lembrou. Ou melhor, talvez esperar traduzisse melhor o que aconteceu, já que ninguém pegava nada mesmo.

Inda não

Apesar de já estar ficando na escola até às 18h30, Vicente segue dizendo "inda não" quando vamos buscá-lo.

As atividades na escola

Um breve relato do que o Vi tem feito: aula de música com a profe Carol, na qual ele tocou órgão (que chamou de piano), pintou casquinha de ovo de páscoa e, segundo ele, as cores usadas foram azul do Grêmio, vermelho do Inter, roxo, lilás, amarelo, branco e preto. Só imagino...

Na segunda dessa semana teve coelho na escola. Um de verdade, branquinho e peludo. Quando cheguei para buscar o Vi, ele me pegou pela mão e foi mostrar o bichinho.

Nem tudo que se aprende na escola é bom

Acho que vendo as outras crianças chorarem quando os pais as deixam na escola, o Vi se sentiu na obrigação de fazer o mesmo. Um ou dois dias na última semana, ele fez um bico de quem vai começar a chorar na hora que eu dei tchau. Só que o bico dele vem acompanhado de um olhar cobiçador para os carrinhos e da mão no elástico do chinelo para tirar... Fecho a porta quando saio e ele não perde mais um segundo com bico ou lágrimas...

Me lembrei da Paula...

Quando eu era criança, tinha uma amiga que morava perto de casa e se chamava Paula. Ela era filha do inspetor de polícia e costumavámos brincar na sela dos presos (sem presos, claro). Mas isso é outra história... A Paula falava algumas palavras de um jeito engraçado, além da risada dela, que parecia uma gralha. Esses dias, olhando filminho com o Vi, apareceu uma cena em que o personagem mudava rapidamente de cor. O Vi soltou um comentário engraçado para o tamanho dele. Coisa que deve ter aprendido na escola e que me lembrou a Paula porque a palavra que ele disse errado é a mesma que ela também dizia: "que coisa munita".

quarta-feira, 12 de março de 2008

Lanche


*Vicente

O ônus de um nome que começa com V já aparece na segunda semana da escola. O ganchinho para pendurar a lancheira é o último da parede, o bem do cantinho. Depois do Artur, da Bruna, do João e de todos os outros nove coleguinhas. O Vi já sabe e já pendura no lugar certinho, pra ele não tem a menor importância ser o do canto. O que importa é pendurar logo, tirar o chinhelinho e ir brincar no pátio.

terça-feira, 11 de março de 2008

O melhor da MTV Acústico

Semana passada locamos um dvd com o melhor do MTV Acústico para nós e um do Cebolinha para o Vicente. Colocamos o nosso enquanto o Fábio fazia um churrasco e o Vi ficou fascinado. Nos cinco dias seguinte, foi só o que ele assistiu. Pagamos quatro vezes o preço do dvd, só em locação.

No quinto dia, depois da segunda tentativa em devolvê-lo, resolvemos piratear. O Fá levou o dvd com ele e o Vicente passou o dia sem vê-lo. Quando chegamos em casa, ele estava no meio de uma reclamação para a Rosa sobre isso, dizendo que o "papai non pecisa leva filme muscas". Chegamos a ouvir esse comentário porque ele estava perto da porta. Quando olhou para nós e viu o dvd na mão do pai, no maior tom de satisfação, disse: "no aquedito!!".

Caímos na gargalhada.

Quem busca

Minha conversa com o Fábio no MSN agora há pouco, demonstrando nosso foco inteiramente voltado para a rotina do Vicente:

cristiane diz:
vai pegar o Vi na escola?
FABIO diz:
oi.
FABIO diz:
a rosa vai de taxi
cristiane diz:
já pegou?
FABIO diz:
ja estao em casa.
FABIO diz:
falei com ela agora..
cristiane diz:
como ele foi?
FABIO diz:
ela disse que ele dizia... inda naoo
FABIO diz:
queria ficar mais
cristiane diz:
hehehehehe
FABIO diz:
dormiu de manha ate as 10
FABIO diz:
hoje ajeitamos o horario dele.. pedi pra rosa nao fazer ele dormir agora..

segunda-feira, 10 de março de 2008

Da escola

Com uma semana de aula, Vicente tem se revelado um aluno exemplar, como diz a Márcia no comentário do post anterior. Até sexta passada, o horário era até 15h30. Todos os dias ele ia embora resmungando que queria ficar mais. Terça e quarta eu fiquei o tempo todo na escola, caso fosse necessário. Não foi. O Vi nem lembrou que eu existia. Na quinta e sexta a professora me mandou dar uma volta, então num dia fui fazer as unhas e no outro fui numa loja de ponta de estoque que tem em frente à escola. Hoje ele ficou até às 16h30. Deixei lá e fui embora, com beijo e abraço de tchau e nenhuma lágrima.

E foi assim, com essa tranqüilidade toda que o Vicente começou sua vida escolar.

terça-feira, 4 de março de 2008

"Grande é a poesia, a bondade e as danças. Mas o melhor do mundo são as crianças."(Fernando Pessoa)


4 de março, 13h30

Foi com a frase aí de cima escrita num painel branco, que o Vicente foi recebido para o seu primeiro dia de aula. Escola Creare, professora Raquel e professora Carla, nove coleguinhas, sendo seis meninos e três meninas. A turma reduzida hoje porque a adaptação divide o grupo em dois, um no primeiro horário da tarde e o outro no segundo.

Preparamos o Vi há semanas para esse dia. Ele foi junto encomendar o uniforme, visitou a escola antes e dizia que iria para a escolhinha toda vez que saíamos para trabalhar. Hoje chegamos em casa para pegá-lo. O Fábio chegou antes. Eu atrasada. Enquanto tentava vestir a camiseta do uniforme que ele se recusava, dizia para a Rosa o que colocar na mochila, qual o lanche, o suco...

Só consegui vestir a camiseta quando entramos no carro. Eu e o Fábio, mais nervosos que o pequeno. Chegamos. Fotos na frente da escola, filmagem. É importante dizer que não éramos os únicos, portanto, não foi tão grande o mico.

Eles pareciam milhares, considerando o barulho que faziam. Mas eram só algumas dezenas de crianças. Entramos na sala do Vi e não encontramos a profe. Estavam no pátio. E foi ele o lugar escolhido para as primeiras brincadeiras. O brinquedo preferido foi uma ponte pêncil de madeira, baixinha. Vicente só lembrou que estávamos ali em três momentos: dois para vir beijar a mim e ao papai e um para pedir para fazer xixizinho.

Não sabia o que fazer primeiro. Saltava de um brinquedo para outro e até jogou basquete, que o Fábio andou ensinando há alguns dias. Depois do pátio, brincadeiras de carrinho e o lanche.

O primeiro lanche foi um pote com ameixinha, morango e maçã picados, e um suco de uva para beber. Tudo que ele adora. Só que ele só comeu até ver que o colega da frente tinha um iogurte com bolinhas coloridas. Aí me dei conta que o planejamento do lanche vai ser um pouco mais complexo...

Nenhum choro, nenhuma manha, nenhuma briga ou estranheza. Aliás, o choro, e aí aos berros, só veio na hora de ir embora. Saímos da escola aos gritos de "inda não, inda não, inda não!".