sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

A notícia

Ontem voltei de Itapema e contei ao Vicente o que aconteceu com a vó Mariazinha. Não imaginamos a reação dele. Primeiro, me olhou com olhos arregalados quando eu disse que ela não tinha melhorado da doença que tinha e que por isso tinha ido para o céu, se tornado um anjo. Os olhos me olharam arregalados, como que conferindo a minha expressão para ver se eu estava falando sério. Continuou brincando e em seguida me disse disse que queria visitar a vó e o vô. Respondi que ele poderia visitar o vô sempre, pois com ele continuava tudo igual. Mudamos de assunto e um tempo depois ele retomou. Enfático, disse "Ah não, eu não quero ficar a minha vida inteira sem ver a vó!". Se eu tivesse escolha, meu filho, diria que eu também não... Hoje pela manhã, ele pegou o meu celular e ficou fuçando. Depois de um tempo me perguntou se eu não tinha o telefone da vó, pois ele já havia procurado em todo o M e não tinha encontrado. No meu íntimo, senti que ele queria testar para ver quem atenderia. Respondi que o número é o mesmo do vô e que está na agenda com o nome "pai", que ele poderia ligar para falar com o vô sempre que quisesse. Agora à tarde, o Enzo, nosso vizinho, estava aqui brincando com ele e deu-se um diálogo doloroso, que em outra situação seria até engraçado:
Vi: Sabia que minha vó morreu segunda passada?
Enzo: Ah é? A minha ainda está viva.
Vi: Quantos anos ela tem? A minha tinha menos de 80.
Enzo: Sei lá, só sei que ela já tem cabelo branco.
Ele está se familiarizando aos poucos com essa nova situação, mas acho que está sofrendo. Faz perguntas de tempo em tempo e demonstra querer compreender o que mudará afinal. Já expliquei que a casa dela continuará lá, com o vô, que continuaremos indo nos verões, que a praia continuará igual, que os primos também. A diferença vai ser só uma. E bem significativa.
Não sei se falamos ou estamos conduzindo a coisa do jeito certo, mas eu e o Fá achamos que a honestidade seria a melhor solução. E vamos em frente.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Nos separamos da mãe, da vó, da amiga, da escritora e de tantas outras denominações tão ou mais nobres com as quais poderíamos chamar a Dona Mariazinha.

Um Natal triste. O primeiro Natal triste da minha vida. Talvez esse seja o primeiro post triste desse blog. Vicente teve uma meningite viral que começou na terça-feira, dia 20 de dezembro, aniversário da Martina. A doença impediu que ele aproveitasse a festa linda que eu e o Fábio, com todo o amor organizamos para os dois. Também impediu nossa planejada viagem à Itapema para passar o Natal. Mas ele ficou bem. Saiu do hospital no dia 23 e seguiu seu tratamento em casa. No dia 24 pela manhã, recebi uma ligação do meu irmão querido, o Maurício. Feliz, contei que o Vi já estava bem, e foi então que ele me disse que não tinha notícias tão boas assim. A mãe havia tido um AVC e estava hospitalizada. Não falava e não movimentava o lado direito do corpo. A voz trêmula do Maurício, apesar da sua tentativa em me tranquilizar, me deixou apavorada. Desliguei o telefone e chorei. Muito. Até que a Martina percebeu e então reagiu com um choro tão assustado quanto o meu. O Vicente ouviu o meu relato para o Fábio e, silencioso, continuou sua brincadeira distraída sem manifestar sua apreensão.

A tarde passou com inúmeros telefonemas. O diagnóstico era um AVC esquêmico, o que poderia ser tratado sem cirurgia. Uma notícia boa e uma esperança de recuperação completa, sem sequelas. Sequelas essas que nenhum de nós considerava aceitável. Nossa mãe, única, não merecia. Ao colocar o Vicente para dormir naquela tarde, em meio a uma dor de cabeça forte em função da doença, ele me perguntou o que eu queria dizer com a vó Mariazinha estar paralisada do lado direito. O silêncio de até então, era pura apreensão. Talvez medo.

Naquela noite, véspera de Natal, enquanto eu e o Fábio preparávamos a nossa ceia, entre apreensão e esperança, uma ligação para o Maurício nos deu alguma serenidade para celebrarmos a data tão especial, se não a mais especial para a nossa mãe querida. Ela estava consciente e reagindo. Maurício havia conversado no hospital e ela respondia apertando sua mão, usando a mão esquerda, e chegara a lacrimejar.

Na manhã de domingo, dia 25, novas notícias e novamente a apreensão. A mãe respirava com a ajuda de aparelhos e o quadro novamente se agravava. À tarde soubemos que ela estava em coma e não tinha mais os sinais vitais. Meu irmão Rubem, o Toto, e a Regi, foram até Porto Alegre para conversarmos, já que éramos os únicos que não estávamos em Itapema. Entre angústia, lágrimas, abraços e muito, muito medo, combinamos que estaríamos em Itapema no dia seguinte. O Toto saiu de madrugada, de carro, e eu viagei de avião, pois o Vi tinha uma consulta com o neurologista no início da manhã.

Nossa chegada não foi festiva como em tantas outras vezes. Meu pai amado estava sentado na varanda, junto com os meus irmãos. Não se levantou para me receber no portão, como sempre fez, e isso me deu uma ideia de como deveria estar seu coração. Ele, aos 77 anos, recebera a notícia de que a mulher com quem se casara 54 anos antes, com quem construíra uma vida, uma família linda, com 7 filhos, 15 netos e 2 bisnetos, estava em uma situação muito complicada de saúde.

Por volta de 14h30, eu, o Toto e o Maurício, fomos ao Hospital do Coração, em Balneário Camboriú, onde a mãe estava internada e onde a visitaríamos na UTI às 16h. Chegamos às 15h15 e sentamos na sala de espera. Uma porta nos separava daquela que, naquele momento, mais queríamos abraçar. Esperamos conversando, às vezes alto demais. Às vezes lacrimejando, às vezes rindo de algum brincadeira entre nós e às vezes em silêncio. Alguns minutos antes das 16h, uma enfermeira nos chamou. Andando meio enfileirados, eu por último, talvez para me proteger do que eu já imaginava que pudesse acontecer, ouvi o Maurício perguntar com a voz trêmula, se estavam abrindo para as visitas um pouco mais cedo. Ao que a enfermeira respondeu que não.

Entramos na sala onde geralmente eram dados os boletins dos pacientes. Um médico jovem, de olhos azuis, nos esperava. Com muita delicadeza e objetividade, ele confirmou que éramos os familiares da Dona Maria e fez um breve resumo do seu histórico desde a entrada, que eu reproduzo aqui, nas palavras que consigo me recordar: "A Dona Maria deu entrada na UTI no sábado pela manhã, com um quadro de AVC esquêmico, que foi se agravando na madrugada de domingo, quando ela entrou em coma e ao longo do domingo não demonstrou sinais vitais, mantendo esse quadro. Agora há pouco, ela teve uma parada cardíaca e veio a falecer".

Vazio.

Maurício pergunta se faz muito tempo, ao que houve que foi há minutos, que o óbito acabou de ser atestado. Choramos. Nos abraçamos. Percebo que eles estão preocupados comigo. Me amparam e me arrastam para o elevador. Saímos pela porta da frente. Pego o telefone e ligo para o Fábio. Maurício liga para a Grazi ou a Deti, não sei bem. Alguém tem que avisar o pai. O Toto liga para o Rafa e o Guigo, ambos longe. E choramos.

Uma tristeza tão grande. Uma pena muito grande de mim mesma. Maior ainda dos meus filhos que conviveram tão pouco com essa avó linda que eles tiveram. Uma artista, uma educadora, uma mulher além da nossa compreensão, com uma capacidade de amar e se doar que muito poucas pessoas têm.

Escrevo esse post no computador dela, no escritório dela, na casa dela e na cidade que ela escolheu para viver os seus últimos 13 ou 14 anos, não tenho certeza. Ao meu redor, seus escritos, suas caixas, sua máquina de costura, seu pequeno altar com fotos das tias Ruth e Thêmis, irmãs que se foram há alguns anos, sua letra em vários papeis, uma foto dela e o marido que tanto amou abraçados, e inúmeros outros sinais da sua presença recente. Já é madrugada do dia 29. Ontem, dia 28, era o aniversário do Vicente. 6 anos. Também era o aniversário de casamento de Alceu e Mariazinha. 54 anos. Mais dois de namoro, como reiterou o pai para mim. 56 ao todo.

É muito difícil.

A Regi encontrou hoje, um diário iniciado em 58, quando o Toto nasceu. Terminei de ler há pouco, antes de me sentar aqui para escrever. O diário relata o início da nossa família, do nascimento do Toto em 58 ao meu em 76. Relata os medos, as alegrias, as dificuldades e as conquistas do jovem casal que construía a sua vida a partir de uma amor sólido, de valores absolutos, de planos, desejos e uma vontade de ser feliz que me dá um orgulho imenso por ter tido a oportunidade de nascer nessa família. E sobretudo, o diário relata a fé e a confiança da mãe em Deus. Um Deus que certamente a está acolhendo de forma muito especial e saberá como ninguém cuidar e proteger essa filha tão amada por mim, pelos meus irmãos, pelo seu esposo, pelos netos e bisnetos, pelos pais, sogros, irmãos, cunhados, pelos amigos, pelos colegas professores, pelos colegas escritores, pelas pessoas às quais ela dedicou seu carinho em trabalhos sociais, pelas meninas às quais ela ensinava dança e por todos aqueles que tiveram uma oportunidade de conviver com a Dona Mariazinha.

Mãe, eu te amo para sempre.

Tani

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Formatura do Vicente


Segunda-feira, dia 12, foi a formatura de pré-escola do Vi. Foi muito linda. Teve um musical, onde ele interpretou um peixe, diploma e homenagem dos pais, cantando uma música para as crianças. Muito emocionante mesmo.

Aí em cima tem uma fotinho do nosso peixinho e no link http://vimeo.com/33723724 vocês podem ver um vídeo que o Fábio editou com alguns trechos da formatura.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Good vacation!

Foi o que me disse o Vicente agora à tardinha, faltando poucas horas na contagem regressiva que ele está fazendo para o nosso embarque, amanhã cedo, rumo à Fortaleza, ou melhor dizendo, rumo ao Beach Park. Malas prontas, Martina na cama, o Vi no banho e o Fábio acabou de ligar dizendo que também está em férias desse minuto em diante. Na volta, posto as fotos da viagem cujo destino está sendo planejado pelo Vicente desde o verão passado!

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Laura Turra Sala

Nasceu dia 25, anteontem, a priminha Laura, linda, filha do Bruno e da Déia. Eu e o Fábio somos tivós novamente... A foto não está em primeira mão no blog mas já está no facebook.

Martina com otite

Ou melhor, com otites, porque está nos dois ouvidos. Descobrimos ontem, depois de dias sem comer e de muita indisposição da nossa baixinha. É a primeira vez que ela tem otite e o Vicente nunca teve, então não sabíamos direito quais os sintomas. Levamos os dois em um Otorrino, maravilhoso por sinal, e ela já está medicada e melhorando. Mas no auge da crise terça e ontem de manhã, dava muita vontade de trocar de lugar com ela. Já o Vicente, está totalmente recuperado da inflamação na garganta que o acometeu há duas semanas.
Rotinas...

Frase profunda

Resposta do Vicente a uma pergunta sobre um brinquedo todo capenga, que ele brincava totalmente resignado: "Porque é assim, sempre foi assim, e é por isso que não funciona".

Sábias palavras. Até pensei em publicá-las no blog do Governo Federal para explicar a todos porque o Ministério dos Esportes continuará sob a tutoria do PCdoB...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mas os brinquedinhos continuarão, para os adultos e para as crianças.

Meus filhos são loucos pela maçã da Apple. E quem, já tendo convivido com ela, não é? Ambos jogam, interagem, assistem vídeos e olham fotos no IPhone e no IPad. Hoje, quando chegamos em casa ao meio-dia, sem intenção com certeza, mas a Martina acabou fazendo uma pequena homenagem ao Steve Jobs. Disse ao Fábio com sua vozinha ainda de bebê começando a concatenar as frases: "Pai, bi dá APad!".

Não foi só para a nossa geração que ele fez a diferença...

A moto foi comprada



No último domingo, antecipamos a aquisição da tão esperada moto elétrica. De posse de sua poupança e da boa vontade do papai em dar um gordo aporte de capital, fomos toda a família para a loja de brinquedos. O Vicente não cabia em si de felicidade. Experimentou dois modelos de moto e escolheu a sua. Andou pela loja toda experimentando. Tomada a decisão, enquanto decidíamos se levaríamos a moto do mostruário ou uma novinha, na caixa, ele largou todo o seu dinheiro no caixa, tamanha a urgência de ter uma moto para chamar de sua. Por sorte a moça do caixa viu... De lá para cá, foi só alegria. No primeiro dia, o Fábio e ele montaram a moto e andaram por toda a vizinhança do condomínio, o que se repetiu no segundo e no terceiro dia. Hoje é o quarto, e não deverá ser diferente.

Na foto aí em cima, dando carona para a amiga Lívia em uma banda pelo condomínio.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A poupança e a culpa

Contei para todo mundo a história do Vicente estar torcendo para que os dentes caiam logo a fim de aumentar a sua poupança. No fim, tanto falei e tanto ouvi "coitadinho", que fiquei culpada. Resolvi redimir um pouco da judiaria que eu estava fazendo com ele, mas sem abrir mão dos princípios econômicos que estamos tentando ensinar.

Nesse final de semana, sugeri que ele abrisse os seus "porquinhos", carregados de moedas, e contássemos para ver se não dava para comprar alguma coisa legal (os porquinhos não estão sendo contabilizados na poupança para a moto elétrica, que é a "poupança de notas"). Ele concordou e entusiasmado, com a ajuda da prima Larissa e sua amiga Caro, contou R$ 130,00 em moedas.

De posse do valor a ser investido organizado em cinco copinhos plásticos cada um com seu respectivo valor (0,05; 0,10; 0,25; 0,50 e 1,00), fomos à loja de brinquedos.

O Vicente já foi de caso pensado, já sabia o que queria: um porta-aviões Imaginex, a febre do momento, como eram as Barbies na minha época. Só que o brinquedo custava uma pequena fortuna, mais ou menos o dobro da poupança de moedas, o que inviabilizava a transação.

Aí veio o lado "mãe", que como o entusiasmo era tanto e a alegria de estar comprando com as suas moedas maior ainda, resolvi, por baixo dos panos, alcançar o cartão de crédito para a moça do caixa cobrar a diferença...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O dentinho e a poupança

Há muito tempo o Vicente pede para ganhar uma moto elétrica. Todo mundo diz que é um brinquedo que só serve para ficar estacionado em algum lugar, ocupando espaço. Assim, eu e o Fábio temos adiado essa aquisição há uns dois anos. Agora, no entanto, o negócio está tão presente que o Vi resolveu usar a poupança que ele tem para comprar a moto. Leia-se por poupança, uma caixinha onde ele guarda as "notas" que recebe de nós, de troco ou que "encontra" sobre alguma prateleira lá em casa.

A determinação dele é tanta que, ontem, quando escovava os dentes e um deles que já estava molinho caiu, ele ria à toa dizendo que ganharia um dinheirinho da Fada do Dente para a sua poupança.

À noite, quando o coloquei para dormir e o dente já estava devidamente posicionado atrás da porta do quarto, um lugar de fácil acesso para a Fada, ele me disse: "Não vejo a hora de perder todos os meus dentes e ganhar dinheiro suficente para comprar a moto elétrica".

Vendendo o corpo. Em partes.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Papo entre amigo e amiga

Vicente me contou uma conversa que teve com uma amiga da escola:
- Vicente, sabia que eu imagino todos os colegas da escola de queca, menos tu?
- É? E por que não eu?
- Porque tu é meu melhor amigo.
Ai... a precocidade me apavora.

Agora ela opina no repertório musical

Martina só quer ouvir a música do Rato, do grupo Palavra Cantada. Quando entramos no carro ela diz "ato", quando enxerga o aparelhinho de som que tem no quarto dela, diz "ato" e quando vê o DVD do quarto do Vicente, "ato", porque também tem a versão em clipe. Bom, nessa madrugada, embalando-a para dormir durante uns 30 minutos e já não aguentando mais ouvir o Rato, resolvi cantar outras musiquinhas. Comecei a primeira e ouvi dela "exe não". Comecei a segunda. "Exe não". Comecei a terceira e mais um "exe não". Aí, entre cansada e morrendo de vontade de rir, perguntei qual a música ela queria que eu cantasse. Adivinhem o que ela pediu? Coloquei a musíca no repeat, a Martina no berço e fui dormir. Desliguei o som às 7h quando levantei.

Martina ainda mais verborrágica na madrugada

Agora a baixinha já junta palavras, formando frase. Fora que ela entende tudo, absolutamente tudo o que a gente fala. Hoje, depois de uma noite mal dormida, em que ela despertou e ficou chamando até atendermos, eu disse para ela:
- Quem é que você ficou chamando no meio da madrugada, quando era hora de dormir?
E ela:
- Mamáe, Papai, Mamáe, Papai...
Foi exatamente o que aconteceu.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Férias de inverno

Desde o ano passado, o Vicente passa férias em Santa Rosa e Tuparendi, dividindo-se entre as casas dos tios, da Nona e do "meu amigo Gui", como o próprio Vi o define. A expectativa começa meses antes, quando os primeiros sinais do frio se fazem sentir e ele se dá conta de que as férias de inverno estão chegando. Acontece que vai ano e vem ano e eu fico do mesmo jeito quando chega o dia. A cabeça não pára de pensar "Mas ele é tão pequeno! Sou uma louca de deixar! Que pais deixam seu filho tão pequeno viajar para tão longe e por tantos dias? E se sentir saudades? E se cair e se machucar? Será que vão lembrar de pôr o cinto quando sairem de carro?". Esse ano, todos os pensamento ainda estão sendo acompanhados por outro: o quanto a Martina vai sentir falta do irmão e ele dela, já que os dois ficam juntos o tempo todo quando estão em casa. Pois bem, faltam poucas horas. Ele viaja amanhã cedo com a tia Márcia para a sua semana de diversão e mal pode conter a expectativa. Enquanto eu, mal posso conter as lágrimas.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

No teleférico







Fizemos um passeio de teleférico em Camboriú há algumas semanas e, como as fotos ilustram, o Vicente e a Martina amaram!





Martina veste Raquel Medeiros

Raquel Medeiros é uma amiga que faz coisas lindas em crochê. Martina já adquiriu sua primeira peça da grife: uma touca de cachorrinho.

Conversa entre a Duda e o Vicente

Duda:
- Vi, tem alguma menina na tua escola que tu ache a mais bonita?
Vicente:
- Tem. A Isabelle.
Duda:
- Hummm. E tu gosta dela como amiga ou... algo mais?
Vicente:
- Quê? Algo mais o quê?

A maturidade masculina...

Tirada da semana

Voltando da casa de uns amigos, na segunda à noite, o Vicente, quase dormindo no carro, me disse:
- Mãe, tu conta uma história quando chegar em casa?
O Fábio, se antecipando, respondeu:
- Eu conto filho, pode deixar que o pai conta.
Vicente, em tom de aceitação...
- Tá pai, mas tu é péssimo nisso...

Ah se não fossem os bebês...

...o que seria de nossos assuntos nesse ano de 2011? Se as coisas estiverem acontecendo com todo mundo assim como está acontecendo comigo, vamos precisar aterrar em alguns anos, mais um pouco de rio ou mar para acomodar a população mundial. Não há um dos meus círculos de relacionamento onde o atual assunto não seja uma grávida ou um bebê: na Happy, duas colegas estão com rebentos de poucos meses, a Sil e a Paula; na Confraria da Calcinha, o Benjamin, pequeno mascote filho da Sandra, acaba de nascer, e a Denise espera a cegonha se manifestar; na família Brun, a Marcella, que vi no blog dela, só quer dormir e comer, curte as primeiras semanas, e a Déia, aaaahhh, a Déia... com ela as coisas nunca são "como de prache". Enquanto o Bruno e ela já debatiam se o menino se chamaria Marcelo ou Pedro, descobriram hoje que o médico se equivocou e que trata-se de uma garotinha. Ufa, ainda bem que o quarto ainda não estava pronta e as bolas de futebol compradas (eu acho); e no círculo onde o assunto ainda não era tema, tornou-se ontem: a família Mallmann contará com mais um pequeno integrante em 2012, o irmãozinho ou irmãzinha da Carol, o filhote ou a filhota da Grazi e do João. Tão esperado, tão querido e agora está aí.
Pois então, a toda essa galerinha do bem: agora é aproveitar muuuuito! Não tem nada melhor na vida do que os nossos filhos!

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Mãe multifuncional e filha esfomeada


Show de flauta na Feira de Ciências da escola

Nosso músico é o último, no cantinho.

Sábado desses, em tarde de brincadeiras na casa do João Vicente e da Clara


Aliás, falando de cinema...

Nas caronas que a Martina anda pegando nos eventos do Vicente, acabou estreiando no cinema. Fomos assistir com a turma de amigos e seus papais, a pré-estréia do Urso Panda 2. Por um período, a Martina ficou até usando os óculos 3D. Depois assistiu mais uma parte do filme enquanto comia pipoca, brincou na frente das nossas poltronas e nos últimos 20 minutos, para o bom andamento da sessão, foi levada por mim para um corredor externo ao cinema... Mas tudo bem, eu não podia exigir que ela sentasse compenetrada durante 1h30... Seria demais para os seus um ano e cinco meses.

CARS 2, em pré-estréia porque não podemos esperar nem mais um dia

Com estréia adiada por mais de meio ano, finalmente no dia 23 estréia no Brasil a sequência das aventuras do adorado Relâmpago McQueen. E nós já garantimos presença na pré-estréia que acontece no dia 22 à noite e é organizada pela Band, onde nosso querido amigo Renato tem alguma influência e colocou nossos nomes na lista. Até a Martina estará presente.

A favorita


Fomos ao casamento da irmã de uma colega do Vicente, a Isabelle. Ela não é uma colega qualquer, é a colega preferida. Não só do Vi, mas também do Bernardo, do João Vicente e do Antônio, como mostra a foto acima. Arriscaria dizer que a turma aí de cima estava mais charmosa que os noivos...

Martina verborrágica

Nossa pequena já está falando um monte de palavras. Na real, ela já repete tudo que a gente diz. Mas de livre e espontânea vontade ela já diz: pai, papai, papaiê, mãe, mamãe, mamanhê, mano, osa (Rosa), azi (Adri), oi, chau (tchau), vovó, titia, naná, mamam, eti (leite),xixi, patipati, é, entre outras... Hoje o Fábio disse que chegou em casa ao meio-dia dizendo "oi pessoal", no que foi imediatamente imitado pela Martina, que largou um "oi exal".

E a família Brun vai aumentando...

Primeiro foram a Déia e o Bruno que migraram para a categoria de papais, com a "encomenda" do Marcelo. Agora foi a vez da nossa queridíssima Marcella e do Di, que soubemos na última semana que também migraram para a categoria dos papais. E nós, bem felizes porque agora a Martina vai ter primos pequenos para brincar na casa da Nona!

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pateta e Buzz

Ontem levamos o Vicente e a Martina para assistir Disney On Ice. Foi fantástico. É a nossa terceira vez no show de patinação no gelo e cada vez achamos melhor. Foi a primeira da Martina e ela curtiu muito. Dançou, tomou suco, comeu pipoca e gritou "Pateta" um monte de vezes. O Vi, perfeito como sempre. Curtiu todo o show acompanhando com palmas, prestando atenção, vibrando nas intervenções em que o Buzz Lightear e o Woody apareciam e arregalando os olhos diante das entradas esfumaçadas da Malévola. Nossos filhotes são um show à parte! Eu e o Fábio assistimos metade do espetáculo com os olhos no palco e a outra metade, na nossa arquibancada...

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Alvorecer festivo no Dia das Mães!

Imagem que diz tudo!

A frase da semana

Vicente, explicando para a Duda que o Fábio não deixou fazer alguma coisa:

"Meu pai não deu concordação!"

terça-feira, 15 de março de 2011

Clara X Martina

O Vicente tem um grande amigo da escola, o João Vicente. Ontem, quando fui pegá-lo depois da aula, o João Vicente estava indo cortar o cabelo em um salão bem perto da nossa casa. Como o Vicente também precisava, resolvi acompanhá-los. Até ontem, não tinha conseguido que o Vi gostasse de nenhum outro cabelereiro a não ser o Hector, que corta o seu desde que nasceu, mas que fica do outro lado da cidade. Até ontem. Porque na companhia do João, o corte foi uma festa.

A questão foi outra dessa vez. A Clara, irmãzinha do João, estava junto. Enquanto esperavam, eles brincavam e o Vi parecia cada vez mais encantado por ela. Já se conhecem há anos, mas ele estava dedicando mais atenção do que das outras vezes. Pois bem, lá pelas tantas, sentou do meu lado e disse: "A Clara é muito engraçadinha. É mais bonita que a Martina". E completou, tentando explicar a preferência da amiga em detrimento da irmã: "Ela sabe falar! A gente até já entende o que ela diz!". Quando chegamos em casa, ele olhou para a Martina, toda faceira quando o viu, emitindo seus sons de contentamento, abraçou-a e disse, com um ar meio desolado: "Que pena que tu ainda não sabe falar, Martina...".

quinta-feira, 10 de março de 2011

A ausência da Gabi...

Não quero provocar culpa em ninguém, mas que o Vicente sente falta da Gabi, isso sente. "Fica na consciência", sobrinha...

O que me faz afirmar o acima é que ele ainda demonstra estar impressionado pelas mudanças ocorridas na vida dela desde que o Celso apareceu. Ou melhor, das mudanças ocorridas na vida dele, já que na mesma proporção em que o Celso apareceu, a Gabi desapareceu.

A última foi há poucos dias. Olhando o rio lá perto de casa, o Fábio disse ao Vi que do outro lado ficava a cidade de Guaíba. O Vicente então, contemplando as ilhas, disse: "Era lá que o Celso morava antes da Gabi conquistar ele".

Falando em lágrimas...

O Vicente voltou às aulas bem e tranquilo, mas sem o entusiasmo dos outros anos. No primeiro dia, quando eu o estava arrumando, perguntei se ele estava feliz em voltar. A resposta foi "não muito porque aí eu não vou mais poder decidir o que fazer"...

E depois dessa, lá pelo terceiro dia de aula, quando o Fábio foi deixá-lo, ao se despedir ele disse "pai, acho que eu bebi muita água porque os meus olhos estão cheios de lágrimas"...´

Tudo isso deve ser reflexo do fato de ser o último ano e a pré-escola já não apresentar tantas novidades e desafios como antes.

O super abraço no papai

Quando o Fábio chega em casa, o Vicente sempre corre até o nosso quarto e logo que o pai entra, ele desabala em disparada para dar um abraço. O Fábio gira, abraço, levanta e afofa. Ele adora. É tudo feito com muitos gritos de "quero um abraço", "se prepara que eu tô indo" e muita risada. Na semana passada, logo após o Vicente ter feito isso, a Martina começou a sapatear soltando gritinhos, rindo e correndo em direção ao quarto. Fez exatamente a mesma coisa que o irmão. Nem preciso dizer que faltou pouco para o papai soltar algumas lágrimas...

Sobre a Martina...

Não registrei aqui, mas a Martina começou a caminhar em janeiro, com mais ou menos um ano e quinze dias. Agora ela já corre e até saltita. Está linda, engraçadinha, adora a rotina normal dela, com horários certinhos para comer e dormir. Quando é assim, ela fica muito tranquila e sorridente. É brincalhona e imita o Vicente numa série de coisas. Continua apaixonada pelo irmão, rindo de monte quando ele faz brincadeiras, e ele continua apaixonado por ela, querendo pegar e apertar o tempo todo, coisa que ela não gosta muito.

Os dois estão interagindo bastante e já brincam juntos. A diferença mais gritante entre os dois nesse momento, é que ao contrário da tranquilidade e compreensão que o Vi sempre demonstrou, a Martina parece ter uma personalidade mais revolta. Se enfurece quando é contrariada, cerra os punhos e grita. Já estamos atuando no caso... o livro do Delamare já foi consultado e estamos fazendo o que ele manda. Não deixarei chegar ao extremo de ela se atirar no chão do mercado, coisa que desde que o Vicente era bebê eu rezava para que meus filhos não fizessem... Com ele foi sucesso total!

Euforia na família Brun

Soubemos ontem que, ao contrário do Vicente que não tinha crianças na família Brun com quem brincar nos passeios por lá, a Martina já terá parceria de um priminho ou priminha. Nossos afilhados (de casamento) Déia e Bruno nos darão um(a) sobrinho(a)-neto(a). E uma pena que, por um triz, não pudemos abraçá-los pessoalmente no feriado de carnaval. A Déia só pode fazer o exame na quarta-feira. Mas fica aqui nosso abraço virtual por hora...

Depois de absorvida a fantástica notícia, formou-se o primeiro impasse: e agora, quem será a Nona?? A Nona se tornará Bisnona e a Mana ocupará o posto de Nona? Ou a família terá duas Nonas? Ou ainda, teremos que fazer uma eleição direta para escolher quem deverá usar a denominação, se aquela que por direito o tem desde sempre ou se a novata, demonstrando a tradição preservada? Debates para o próximo evento familiar...

"Cases" das férias

Passamos 10 dias na praia da Pinheira em Santa Catarina. Uma casa na beira do mar, muito chinelo de dedo e brincadeira com as crianças. As melhores férias que poderíamos ter. Ficamos bem juntinhos, recuperamos a tranquilidade e a diversão foi garantida, especialmente com a sempre fantástica capacidade do Vicente em nos surpreender. Aí vão alguns momentos que ficarão na nossa memória:

Na praia, com a Denise, nossa amiga querida que ficou uns dias conosco, Vicente brincava com um carrinho do vizinho. O proprietário pediu o brinquedo de volta e a Denise sugeriu que o Vi brincasse com o outro, também do vizinho. Diante da recusa e tentando uma solução amigável para o caso, a Denise então disse:
- Nesse caso, eu vou devolver o carrinho que tu tinha pego emprestado, já que tu não está brincando.
Com a sagacidade peculiar, o Vi, rapidamente, devolveu a pergunta:
- Tu tem celular?
A resposta de uma Denise meio desconcertada com o inesperado questionamento:
- Sim
E ele...
- E tu fala nele o tempo inteiro?
...

Vi teve uma alergia que deixou a bundinha e as pernas cheias de bolinhas vermelhas, que coçavam. No dia em que recebemos a visita da tia Deti, tio Itio, Dedé e Miguel, apresentando a praia para a Deti, que comentava como era bonita, ele advertiu:
- Só não vai brincar naquela duna ali ó, ela dá pereba na bunda!
Dias antes, a vó Mariazinha havia aventado a possibilidade da duna estar contaminada e ter provocado a alergia. Ele não esqueceu.
...

Quando chegamos na nossa casa, o Vicente ficou impressionado com a casa ao lado, que tinha um pátio cercado, tomado pela areia. A frase dele, na hora, foi que queria ficar naquela casa porque eles tinham "areia própria". Pois bem, uma noite, liberei o Vi e o Vinícius, filho da Rosa que estava conosco, para brincarem na areia do vizinho, que a essa altura já conhecíamos através da minha amiga Denise. Lá pelas tantas da brincadeira, vi que os dois tinham lotado a piscininha do filho do casal com areia. Me enfureci, dei uma bela ralhada e mandei que eles limpassem a piscina. A essa hora, estávamos fazendo um churrasco no nosso pátio e de pouco em pouco o Vicente vinha até o muro e reclamava que o trabalho era muito cansativo. Com mais uma ralhada minha, voltava para junto do Vinícius para ajudar. Na terceira vez que veio, a Deti sugeriu que ele usasse o seu baldinho de brinquedo para ajudar no trabalho. Ele o pegou prontamente e, enquanto caminhava em direção à piscina, o ouvimos dizer: Olha aqui Vinícius, facilitei a tua vida!
...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Banguelinha amiga...

Pois é, deu-se o início das banguelas. Enquanto a Martina vai preenchendo as dela, Vicente começa a abrir as novas. A primeira foi no dia 2, feriado de Nossa Senhora dos Navegantes. O dentinho, há dias pendurado por um fiapinho sem que nós, meio corajosos, meio acovardados, conseguíssemos puxar. O Vi abria a boca na boa para tentarmos, mas nem eu e nem o Fábio fomos capazes. Pois bem, voltando ao dia 2, estávamos na piscina. A Andréa, nossa vizinha, mãe do Enzo, ofereceu umas bolachinhas para o Vi. Ele aceitou. Depois de comer, quando voltou para falar comigo, cadê o dente??? Foi comido junto com a bolacha!! O Vi não deu a menor pelota para o fato do dente estar no estômago, nem se surpreendeu. Ficou feliz da vida com a novidade que agora tinha para contar.

E dois dias depois, tomando um sorvete na casa da Isabelli, coleguinha da escola, se foi o segundo dente. O do lado. Não sei os nomes, mas foram os dois bem da frente, embaixo. Só que nessa segunda vez, o Vi sentiu o dentinho na boca e a Lelis, mãe da Isabelli, conseguiu resgatá-lo. Quando fui buscar o meu filhote no final do dia, lá estava o dente, enrolado em um papelzinho, dentro da mochila. Veio para casa conosco. E à noite, foicolocado embaixo do travesseiro para que o rato ou a fada viesse buscá-lo em troca de um dinheirinho para a poupança que o Vicente tem em um pote de margarina.

E eis o nosso pequenão, com a porteirinha aberta, mas já com os dois dentes permanentes surgindo...

sábado, 15 de janeiro de 2011

Teoria de Hitler

Uma amiga minha, a Dani, me comentou certa vez a respeito de um livro sobre educação infantil. Ela me disse que aprendeu no livro algumas técnicas que aplicou com o Arthur, seu filhinho que tem a mesma idade do Vi, e que deram muito certo. Detalhe: segundo a mãe da Dani, o livro foi escrito por Hitler... Uma dessas técnicas, tinha como tema a hora de dormir. Se a criança não quer dormir sozinha no berço, a mãe ou pai deve deixá-la chorando. A técnica é ir espaçando o tempo de choro, ou seja, primeiro você sai do quarto e deixa o bebê chorar por um minuto, volta para ele te ver, espera se acalmar e sai de novo. Aumenta o tempo para dois, três, quatro minutos, até que o bebê desista e durma. É mais ou menos isso. Aqui em casa, há dias a Martina tem custado a dormir. Quer sair da cama, não se acalma, fica brincando, etc. Hoje, que é sábado, resolvi usar a técnica. Fiz todo o esquema da hora de dormir, como sempre fizemos e, como tem acontecido, quando ela termina a mamadeira e pega a chupeta, ao contrário de dormir, desperta. Meu primeiro minuto foi às 23h03. Meu último minuto foi cinco atrás: 23h53. Foram 50 minutos de berreiro. Nesse meio tempo, Vicente bateu a porta do quarto para conseguir ouvir o desenho, depois pegou no sono,eu subi um vídeo da Martina para o blog enquanto ela gritava, e o vizinho de cima sapateava em cima do meu quarto com um sapato que parecia ser de madeira, no mínimo achando que dormíamos e não ouvíamos a criança chorar. Pois, bem, a meu ver a técnica não funcionou, mas preciso esperar até amanhã à noite. Se tiver funcionado, a Martina terá entendido que não adianta chorar, que não vou tirá-la do berço. Se não tiver, terá sido a primeira e última vez de Hitler aqui em casa.

Martina caminhando

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011