segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A poupança e a culpa

Contei para todo mundo a história do Vicente estar torcendo para que os dentes caiam logo a fim de aumentar a sua poupança. No fim, tanto falei e tanto ouvi "coitadinho", que fiquei culpada. Resolvi redimir um pouco da judiaria que eu estava fazendo com ele, mas sem abrir mão dos princípios econômicos que estamos tentando ensinar.

Nesse final de semana, sugeri que ele abrisse os seus "porquinhos", carregados de moedas, e contássemos para ver se não dava para comprar alguma coisa legal (os porquinhos não estão sendo contabilizados na poupança para a moto elétrica, que é a "poupança de notas"). Ele concordou e entusiasmado, com a ajuda da prima Larissa e sua amiga Caro, contou R$ 130,00 em moedas.

De posse do valor a ser investido organizado em cinco copinhos plásticos cada um com seu respectivo valor (0,05; 0,10; 0,25; 0,50 e 1,00), fomos à loja de brinquedos.

O Vicente já foi de caso pensado, já sabia o que queria: um porta-aviões Imaginex, a febre do momento, como eram as Barbies na minha época. Só que o brinquedo custava uma pequena fortuna, mais ou menos o dobro da poupança de moedas, o que inviabilizava a transação.

Aí veio o lado "mãe", que como o entusiasmo era tanto e a alegria de estar comprando com as suas moedas maior ainda, resolvi, por baixo dos panos, alcançar o cartão de crédito para a moça do caixa cobrar a diferença...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O dentinho e a poupança

Há muito tempo o Vicente pede para ganhar uma moto elétrica. Todo mundo diz que é um brinquedo que só serve para ficar estacionado em algum lugar, ocupando espaço. Assim, eu e o Fábio temos adiado essa aquisição há uns dois anos. Agora, no entanto, o negócio está tão presente que o Vi resolveu usar a poupança que ele tem para comprar a moto. Leia-se por poupança, uma caixinha onde ele guarda as "notas" que recebe de nós, de troco ou que "encontra" sobre alguma prateleira lá em casa.

A determinação dele é tanta que, ontem, quando escovava os dentes e um deles que já estava molinho caiu, ele ria à toa dizendo que ganharia um dinheirinho da Fada do Dente para a sua poupança.

À noite, quando o coloquei para dormir e o dente já estava devidamente posicionado atrás da porta do quarto, um lugar de fácil acesso para a Fada, ele me disse: "Não vejo a hora de perder todos os meus dentes e ganhar dinheiro suficente para comprar a moto elétrica".

Vendendo o corpo. Em partes.