sábado, 18 de agosto de 2012

Maria Chuteirinha

O Vicente foi abdusido pelo universo do futebol. Sabe o nome de todos os jogadores, tem seus ídolos (o Messi e o Xavi), quer comprar chuteiras e camisetas o tempo inteiro e anda sempre com uma bola por perto dos pés. E a Martina tem ido no embalo. Hoje, comentei com ela que o Vi e o Fábio tinham saído para comprar uma nova chuteira e ela me disse, quase como uma represália, que queria ter ido junto para comprar uma chuteira rosa para ela. Mais tarde, o Érico, um amigo aqui do condomínio e que tem a mesma loucura por futebol que o Vicente, estava aqui e os dois jogavam futebol de botão. A Martina não saia do lado do campo e em dado momento, perguntei o que ela estava fazendo. A resposta veio do Érico: ela é a Maria Chuteirinha do nosso jogo. Não duvido. Ela passa querendo beijar o Érico quando ele está por aqui. Há alguns dias, peguei ele dizendo para ela: Martina, já te falei que beijo é só na chegada e na saída!

Amizades de ontem e de hoje

Meus filhos tem muitos amigos. Fico feliz por isso e estimulo. Amigos são a família sempre por perto. Aprendi isso desde pequena e fui feliz por ter sempre perto de mim amigos de todas as horas. Minha mãe brincava que quando eu adoecia, antes mesmo de me levar ao médico ou de me medicar, eu pedia para que ela chamasse a Ana Rosa. A Ana era meu remédio, era minha companheira. Lembro das brincadeiras sobre a cama da mãe, eu abatida pela febre, meio grogue, e ela sempre disponível, sempre presente, deixando de correr na rua para ficar ali comigo, brincando de qualquer coisa que eu conseguisse fazer em meio ao meu abatimento. Não tinha medo de pegar o meu sarampo ou a minha varicela. Nunca teve medo de nada. Não tenho mais a Ana. Apesar da amizade intensa, ela se foi muito cedo e hoje, num dos raros momentos de solidão que tenho (Fábio trabalhando, Vicente em um aniversário e a Martina dormindo) senti muita saudade. Saudade daquela companheira, daquela risada de dentes pequenos e brancos sem nenhuma cárie como ela sempre dizia, daquele tom debochado de dizer as coisas. Saudade de uma amizade que me orgulho muito de ter tido e que às vezes me pergunto se dei o devido valor naquela época. Amei muito essa amiga e torço muito para que meus filhos tenham amigos como ela. Generosos e disponíveis. Às vezes olho para o Vicente na companhia do seu melhor amigo, o João Vicente, e lembro de mim. Lembro da Ana. Uma lembrança rápida de tudo o que foi bom. Mas hoje, a lembrança veio com uma carga pesada de saudade que me fez chorar tantos anos depois. Que me fez lembrar daquele dia tão triste em que viagei à Tuparendi para aquele momento tão difícil. Tenho pensado na Ana com frequência e acho que é em função da semelhança entre o momento de vida que o Vicente está e o o meu nessa mesma fase. Me dou conta de que eu era sempre nós.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dia dos Pais

Passamos o Dia dos Pais em um lugar muito legal, o Vila Flor Ecoresort. Com direito a pinguela, trilhas, piscina térmica e muita brincadeira com os amigos João Vicente e Clarinha. Final de semana em família e com amigos.
Entre as tiradas da Martina, que anda pra lá de engraçada, teve uma especial: sábado à noite, enquanto andávamos pelo centro de Nova Petrópolis, Martina avistou um fuca vermelho. Prontamente, disse para a Clarinha:
- Um futa veimeio, Calinha!
E a Clarinha, observando que logo atrás passava um outro carro, disse:
- É mesmo! E lá vem oto!
No que a Martina completou:
- Ah não, ete não é um futa, é um caio.