sexta-feira, 24 de outubro de 2008

The week

Vicente pulando hoje, ao meio-dia, na nossa cama:
- "Mamãe, vamos no pula-pula?"
- "Não filho, hoje é sexta. Amanhã é dia de ir no pula-pula, que é sábado."
Ainda pulando na cama:
- "Hoje é sexta, sexta, sextaaa!!"
Parou.
- "Hoje é sexta como cesta de acertar a bola?"

Saindo da garagem para levá-lo para a escola:
"- Olha mãe, o GM do tio Toto!"
- "Aquele não é o do tio Toto, é do nosso vizinho. O do tio Toto está lá em Cidreira Beach."
- "Eu quero ver."
- "Quer ver o que?"
- "O GM do tio Toto lá em Cidreira Beach."
- "Nâo dá filho, fica longe, em outra cidade, e está na hora da escola."
- "Então vamos domingo."
E por que não?...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

A revolta dos brinquedos lá em casa

Logo, logo vão ser os brinquedos lá de casa que vão se revoltar. A atual manifestação de inconformidade do Vicente é atirar e chutar o brinquedo que estiver ao seu alcance. Falar não tem adiantado, vamos reeditar o cantinho do penso.

A revolta dos brinquedos

Sábado fomos ao teatro assistir uma peça que tratava de uma menina que não cuidava dos seus brinquedos. Um dia ela sonha que eles se revoltam contra ela. A peça é muito legal, bem produzida e muito bem interpretada. É um musical, então é bem dinâmica. Já no carro indo para casa, quando perguntei o que o Vi mais tinha gostado, a resposta não surpreendeu: "das músicas e das luzes coloridas".

Professora Raquel

Hoje fui fazer a matrícula do Vicente para o ano que vem e tive uma notícia não muito feliz, pelo menos para nós. Já esperava que ele fosse trocar de professoras, mas soube que isso vai acontecer muito antes do que a gente imagina. A Profe Raquel vai embora ainda esse ano porque vai mudar de cidade. Parece que ela passou num concurso em São Leopoldo. Não pude deixar de lamentar. Lamentei por nós e pelo Vi, mas sou grata por termos tido a felicidade de conviver com ela durante esse ano. E lamentei mais ainda pelas crianças do ano que vem, que não terão a mesma oportunidade. A gente teve muita sorte em tê-la como primeira professora do Vicente. Quando eu desapegar, vou conseguir pensar que vai ser muito melhor para o mundo que ela trabalhe com as crianças das escolas municipais da cidade para onde ela vai, pois essas têm tão poucas boas oportunidades na vida e conviverem com a Raquel certamente vai ser uma delas.

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Relâmpago McQueen

O presente de Dia das Crianças foi a pista do Relâmpago McQueen. Durante dois dias inteiros só ouvimos o tec, tec, tec do botão que faz os carrinhos correrem. No terceiro dia, o McQueen emperrou. Perdia todas, não saía do lugar. Vicente abandonou o carro e passou a correr somente com os adversários. Levei a pista para trocar e na loja me informaram que só me devolveriam em uma semana. Me recusei. Obriguei a vendedora a me devolver a pista e ficar só com o a parte do McQueen. Imagina a frustração do guri sem poder correr. A pista está lá em casa, desdentada, faltando a do meio, mas ainda assim o tec, tec é ouvido o tempo todo.

Turbilhão

Depois do tombo, uma conjuntivite viral. Uma semana de licença e estou de volta ao mundo. Fiquei sem escrever porque os olhos ardiam e aproveitei a licença para dormir bastante. Já, já conto as últimas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

“Mamãe, você ficou feia!!”

Ontem, ao chegar na garagem do prédio, eu e o Vicente descemos do carro com um monte de sacolas. O Vi puxando a mala do meu notebook, que tem rodinhas, e eu com a minha bolsa, a mochila e a lancheira dele e uma sacola de compras. Nenhuma mão liberada. Ainda na garagem, o salto da minha bota entrou na barra italiana da minha calça e eu fui ao chão. Ou melhor, fui ao chão e à pilastra. Sim, sem nenhuma mão livre para me apoiar, meu rosto foi à pilastra. Resultado: cinco pontos no rosto, machucados nos joelhos e braço esquerdo, uma calça novinha rasgada e, possivelmente, alguma coisa errada no ombro direito que começou a doer muito agora de manhã.

Quando eu sentei no chão, depois da batida, ainda meio atordoada, o Vi chegou perto de mim e com os olhos arregaladíssimos disse: “Mamãe, você ficou feia!”. Nessa hora eu percebi que o sangue estava pingando da minha testa.

Por causa do curativo que estou usando, o Vi não chega perto de mim. Pede para eu tirar e se recusa a me beijar. Só atira beijos de longe e só quer ficar com o Fábio.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Primeiro passeio com a turma da escola

Hoje tive que mandar a primeira autorização para o Vicente passear com a turminha da escola. Integrando a programação da semana da criança, eles vão assistir a uma apresentação de teatro, música e dança em uma outra escola. Uma de "meninos grandes" como diz o Vi.

Bicicleta X Pista do Relâmpago

Uma pedagoga amiga do Fábio nos disse que é muito cedo para darmos uma bicicleta para o Vi, que ele ainda está na fase da motoca. Assim sendo, vamos sumir com a bici velha sem dar a nova. Como, nos últimos dias, ele está andando de motoca para lá e para cá, acho que nem vai sentir falta da bici nova que não ganhou, nem da velha que perdeu.

E o melhor é que eu vi a pista do Relâmpago McQueen na vitrine de uma loja.

“O que aconteceu com mim?"

Eu lavando a louça, Vicente na área de serviço de olho na máquina de lavar roupas.
- Mãe, posso ligar?
- Claro que não, não tem roupa suja aí para lavar.
- Só uma vez, mãe.
- Não. Quando eu colocar roupa aí, eu te chamo e você liga.
Ligou.
Ralhei.
Chorou.
Continuei lavando a louça, fazendo de conta que o choro forçado não me perturbava.
Passados alguns minutos.
- Mãe, o que aconteceu com mim?
- Como assim, filho?
- O que aconteceu com mim que eu tô chorando?

A Vick e o Vi


Sábado, antes da Victória chegar aqui em casa, o Vicente ficou na janela gritando “Vick, cadê você?”. Quando o interfone tocou e o porteiro avisou que eles estavam subindo. Ele ficou tão eufórico e nervoso que se foi para o banheiro dizendo que queria fazer cocô. Depois de um tempo sentado lá, ele criou coragem e saiu do banheiro. Daí em diante foi só abraço. Se abraçaram tanto, em vários momentos do dia, que às vezes a Ane tinha que separá-los pois corriam o risco de se machucar.

Jantamos em um restaurante e na hora de ir embora a Vick começou a choramingar que não queria ir, que queria ir para a casa do Vicente. Depois de explicado que era para lá mesmo que estávamos indo, ela se acalmou e voltou a brincar.

Foi muito legal ver o carinho que eles têm um pelo outro.

Semana de sufoco, final de semana de diversão


Na semana passada a minha empregada ficou doente e não veio trabalhar nenhum dia. A agenda do Vicente foi uma confusão. Alguns dias indo para a escola de manhã, alguns dias com a Jaque, professora assistente da turminha dele que também atua como baby sitter nas horas vagas, em casa, no turno da manhã.

No sábado chegou a prima Victória, o tio Maurício e a tia Ane. Vieram para assistir ao Disney On Ice, com o show das Princesas. Eu e o Vicente fomos junto. O show é lindo, mas o que mais ficou evidente foi a diferença de comportamento de meninos e meninas em relação às histórias de amor. A Vick olhou todo o show concentradíssima, repetindo “que lindo, que lindo”. O Vicente só olhou o show quando apareceu o Pateta e o Mickey ou nas partes em que as bruxas entravam em cena, soltando fogo pela boca ou berrando. Pediu para ir ao banheiro uma meia dúzia de vezes.

Os dois têm a mesma idade.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Crianças incomodativas

Vou ter que aprender a me manter altiva quando outras crianças agredirem o Vicente. Tenho vontade de dar nelas. Ontem à noite estávamos brincando no pátio do condomínio e uma vizinha um pouco mais nova que o Vi chegou para brincar. Ele beijou a garota e emprestou a motoca quando ela pediu. Quando fomos embora, ele disse tchau e a sem educação respondeu “tchau bobo”. Fiquei furiosa! Quando nos afastamos um pouco ele disse “ela me chamou de bobo”. Aí não agüentei e disse para ele que boba era ela, que era muito feito chamar os outros de bobo e que ele não só não era bobo como era a criança mais inteligente, amada e esperta do mundo.

Acho que a frase da guria não teve grande importância para o Vi, mas teve para mim. Eu já evitava a convivência com o irmão dessa mesma menina, que é mais velho e também disse uns palavrões para o Vi. Agora vou evitar a guria também.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Falando em dia das crianças...

... o Vi já escolheu seu presente. Aliás, seus presentes. Ele está pedindo a pista de corrida do Relâmpago McQueen e uma bicicleta nova. Esse último é um presente meio induzido. O Fábio é que quer dar porque a que ele tem e agora começou a andar bem direitinho, é de segunda mão. Foi cedida por um vizinho do prédio onde morávamos e está toda estragada. Já explicamos que ele vai ganhar só um presente e embora eu desconfie que ele prefira a pista, acho que vai ser a bici. A pista sumiu do mercado, acho que é a coqueluche do momento.

Ontem, hoje e amanhã

A definição dessas três palavrinhas não está bem clara para o Vi. Ele costuma dizer: "amanhã eu viajei de avião", "ontem eu vou ir no pula-pula". Me prestei a explicar para ele o que significa ontem, hoje e amanhã. Fiquei tempo explicando que ontem era o que já aconteceu, por exemplo, a viagem de avião, hoje é o que está acontecendo agora, e amanhã é o que ainda vai acontecer, por exemplo, o presente que ele vai ganhar no dia das crianças.

Não adiantou nada. Ele me disse: "amanhã eu tomei banho de piscina".

Deixei assim mesmo, cada coisa a seu tempo.

Vendaval

Pois é, todo mundo já sabe mas é importante publicar aqui. Semana passada levamos o maior susto de nossas vidas. A mãe, ou vovó Mariazinha já que estamos no blog do Vicente, teve um infarto grave. Foi assustador e ela precisou fazer uma cirurgia às pressas. Está bem agora, saiu do hospital ontem.

Do ponto de vista do Vicente, tudo foi uma grande farra:
- na quinta à noite precisamos pegar o avião às pressas e ele viajou alucinado de tão feliz;
- passou o fim-de-semana brincando com os primos, especialmente com a Victória e a Júlia, que têm a mesma idade que ele;
- voltou para casa no carro do tio Toto, que ele adora porque tem DVD e dá para assistir filminhos durante a viagem; e
- ganhou brinquedos novos de presente da tia Grazi e do tio Toto.

Sobre o fato que nos fez viajar, duas passagens engraçadas (engraçadas agora, né) e que demonstram o espírito solidário do Vicente:
- na quinta à noite, enquanto eu chorava, preocupada com a vovó Mariazinha, ele ralhava comigo dizendo: "pára de chorar, mamãe, pára de chorar a-go-ra. Não precisa chorar".
- na sexta, quando estávamos no carro indo para o hospital para tentar ver a mãe, explicávamos para o Vicente que ela estava doente e que os médicos estavam cuidando dela. Nesse contexto, ele disse: "vou dar um beijinho na vovó para sarar o dodói".