O Vi está prestes a ter sua Primeira Eucaristia, no próximo dia 22. Nesse ano de catequese, aprendeu muito e mudou muito no que se refere a sua relação com o religioso. Está mais respeitoso, tem mais interesse nas coisas da religião e, principalmente, desenvolveu a crença e a fé. Mas ao longo da caminhada, tivemos momentos bem engraçados. Um dos melhores foi no dia em que, ao buscá-lo na catequese, perguntei sobre o que haviam estudado. Ele me respondeu "Ah, foi alguma coisa sobre uma avenida. Uma avenida de sacrifício." Hein??? Pensei um pouco tentando me lembrar de algo parecidos com isso que eu tivesse aprendido nas minhas próprias aulas, mas não veio nada. Aí me ocorreu uma ideia: "Filho, não seria via-sacra?".
"Ah sim, é isso mesmo. Via-sacra."
Isso foi no início do ano... a coisa já está bem melhor agora.
sábado, 14 de novembro de 2015
Um pouco de doçura nesse cenário tão assustador
Eu acompanhava o noticiário sobre os atentados em Paris, com uma tristeza tão grande e um dolorido sentimento de desesperança, se é que essa palavra existe, quando fui até a sala onde a Martina assistia um desenho que ela mesma escolheu. Ao me ver, sem tirar os olhos da TV me disse "Mãe, vem ver que desenho lindo. Eu nunca tinha visto nada assim". Meus olhos se encheram de lágrimas e fui ver. Era um desenho de bonecos-palito e sombras, com uma música que contava a historinha. Percebi que era um curta, daqueles que não tem apelo comercial, mas que às vezes conseguem um espacinho nas TVs, nos cinemas ou nos DVDs e que geralmente são pequenas obras de arte. As lágrimas caíram e pensei comigo: que Deus nos ajude a não estragar essa nova geração. Que saibamos valorizar essa sensibilidade e consigamos deixar crescer nas crianças a capacidade natural de ver beleza na vida. É só assim que faremos a transformação social que precisamos.
Delay no blog
Há mais de ano que não escrevo. Nessa semana, motivada pela necessidade de buscar algumas informações sobre o Vicente, voltei ao blog e senti saudades. Decidi voltar a escrever porque percebi o valor de registrar aqui tudo o que meus pequenos vivem no seu dia a dia. Tentarei voltar com pelo menos um post semana. Vamos ver se consigo.
domingo, 19 de outubro de 2014
Martina e as princesas Ana e Elsa
O tema da escola do Vicente é levar uma biografia sua para a aula amanhã. Então, fiz um compilado dos principais momentos que ele passou nesses 8 anos e 10 meses de vida para enviar e, aproveito para deixar o registro aqui também.
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NASCIMENTO
Vicente nasceu em 28 de dezembro de 2005, no Hospital
Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Muitos amigos e familiares, além do vô Alceu
e da vó Mariazinha, estavam presentes no hospital, esperando para acompanhar os
primeiros momentos de vida dele.
Foi o primeiro filho de Fábio Brun e Cristiane Mallmann
Brun, que, na época, residiam na Rua Álvares Cabral, no bairro Cristo Redentor,
em Porto Alegre.
PRIMEIROS ANOS
Vicente sempre foi uma criança muito saudável e feliz.
Aprendeu a falar as primeiras palavras com cerca de um ano e meio, quando já
sabia dizer “banana, luz e lua”. Mamãe e papai só vieram depois. Aos dois anos,
começou a formar frases e já sabia se expressar muito bem.
Gatinhou aos oito meses e aos onze deu os primeiros passos.
Já caminhava com muita segurança na sua festa de aniversário de 1 ano.
PRIMEIRA ESCOLA
Com dois anos e dois meses, Vicente começou a frequentar o
maternal, na Escola Creare, na zona sul de Porto Alegre, onde morávamos nessa
época. Sua primeira professora se chamava Raquel e era muito querida. Vicente
gostou tanto da nova rotina que não teve nenhuma dificuldade de adaptação. Já
no primeiro dia, gostou muito de brincar no pátio, ouvir as histórias da
professora e lanchar com os coleguinhas.
Foi no Creare que fez toda a sua etapa de pré-escola e de
lá, levou para os anos seguintes, alguns de seus grandes amigos: João Vicente,
João Gabriel, Bernardo, Maurício, Antônio e Isabeli.
A MANA
Em 2009, a família cresceu e Vicente ganhou uma irmã.
Martina nasceu em 20 de dezembro daquele ano e foi, imediatamente, motivo de
entusiasmo do irmão. Com a irmãzinha, Vicente pôde demonstrar todo o carinho e
afeto que possui. Foi sempre muito carinho e cuidadoso com ela. Mesmo aos 4
anos, idade que tinha na época, sabia compreender as necessidade da irmã,
aguardar sua vez de ser atendido e ajudar sempre que a mamãe ou o papai
precisava.
FUTEBOL
O gosto por brincar de bola esteve presente desde os
primeiros passos, talvez até antes. O futebol e a paixão pelo Grêmio parecem
ter acompanhado o Vicente desde sempre.
O papai o associou no time do coração no seu primeiro ano de
vida e, com sete meses, ele recebeu a primeira correspondência da sua vida: uma
carta do Grêmio contendo a sua carteirinha.
Aos quatro anos começou a frequentar a primeira escolhinha
de futebol, com a professora Marta, na zona sul de Porto Alegre. Nunca mais
parou. Frequenta a escolhinha de futebol do Colégio João XXIII há três anos.
Em julho de 2014, participou, no seu período de férias de
inverno, da Escolhinha do Barcelona, que aconteceu na PUCRS e de onde saiu com
seu primeiro diploma internacional.
LER E ESCREVER
Aos 4 anos, Vicente começou a demonstrar seu interesse pelas
letras. Aprendeu a ler seu nome, a reconhecer as letras e a se interessar pelo
que estava escrito em placas e anúncios. Sempre gostou muito de ouvir histórias
e assim que pôde, começou a olhar livrinhos sozinho.
Já lia e escrevia seu nome, o nome da mana e o dos pais, bem
como lia palavras aos 5 anos, antes mesmo de entrar no primeiro ano no Colégio
João XXIII, em março de 2012.
A professora do primeiro ano foi amor à primeira vista. A
Profe Karine manteve no Vicente o interesse pelo aprendizado e tornou-se a
profe preferida. Foi um período de descobertas, de novos amigos e aprendizados.
Vicente se sentiu em casa na nova escola e, mais uma vez, não demonstrou
qualquer dificuldade de adaptação.
DIFICULDADES TAMBÉM ESTIVERAM PRESENTES
Vicente sofreu alguns pequenos acidentes na primeira
infância: caiu no banheiro e cortou a cabeça, levando 4 pontos no local, e caiu
na sala de casa, às vésperas do dia das crianças de 2010, batendo a testa e
fazendo um corte profundo, que deixou uma pequena cicatriz.
No final de 2011, no dia da sua festa de aniversário de seis
anos, apresentou sintomas que pareciam ser de uma virose. No entanto, uma dor
de cabeça forte também apareceu e no dia seguinte, foi diagnosticado com
meningite viral. Um susto enorme na família toda. Foram quatro dias de
internação em isolamento no hospital, onde só podiam entrar a mamãe e o papai.
Aos pouco, a dor foi sendo controlada e Vicente foi para casa no dia 23 de
dezembro, a tempo de passar o Natal fora do hospital.
Nesse mesmo ano, no dia 26 de dezembro, Vicente vivenciou
sua primeira grande perda, com o falecimento repentino da vovó Mariazinha.
AS VIAGENS
As férias na praia sempre foram uma das diversões preferidas
do Vicente. Já foram escolhida as praias de Itapema, onde mora o vovô Alceu,
Canto Grande e Pinheira, em Santa Catarina, para as temporadas de verão.
Já as férias de inverno, são curtidas em Tuparendi, no Rio
Grande do Sul, onde mora a Nona Sybilla. É lá que o Vicente, desde os 4 anos,
passa sua semana de independência, longe de pai e mãe, cuidado e mimado pelos
tios, tias e primos.
Mas a viagem dos sonhos, nunca esquecida, foi a temporada de
uma semana passada no Beach Park, em Fortaleza, em dezembro de 2011, poucas
semanas antes de completar 6 anos.
AMIGOS
A medida que foi crescendo, Vicente passou a se interessar
mais pelos amigos. Desde pequeno, sempre gostou de brincar com outras crianças,
mas a partir dos seus 6 anos, o desejo de independência para participar de
atividades com amigos, mesmo sem a presença dos pais começou a se manifestar.
Foi nessa fase que começou a pedir mais pelos amigos e a estar mais com eles.
MUDANÇAS
2014 foi para a família um ano de mudança. Mudamos de
apartamento e mudaremos novamente antes do final do ano. A saída do apartamento
no qual viveu desde os dois anos não foi simples para o Vicente, que nunca quis
a mudança e que sofreu com ela. Atualmente, vive a expectativa da mudança para
o novo endereço, cujo apartamento ainda não está pronto. Já está conformado com
a troca de casa, mas ainda vem mais pela frente, já que deixará o amado Colégio
João XXIII para experimentar uma nova vida escolar em uma instituição mais
próxima do nosso novo endereço em 2015.
terça-feira, 10 de junho de 2014
Momento desabafo... mudança do nosso ap na Mário Totta
Escrevo esse post do nosso apartamento na rua Dr. Mário
Totta 506, apto 510. Tomada de tristeza, tal qual se chama esse bairro onde
fomos tão felizes. Onde vivemos emoções tão intensas. O primeiro dia de aula do
Vicente no Creare, as primeiras apresentações de dia das mães e dias dos pais,
a paixão pelos carrinhos, depois substituída pela paixão pelo futebol. Aí a
chegada da Martina. Lembro do momento em que chegamos aqui com ela. A alegria
do Vicente em vê-la. Nos esperavam a mãe, o pai e a Rosa. Primeiros passos,
primeiras palavras. O "bubu novo" que lutávamos para que fosse usado
só para dormir. E no meio de tanta alegria, alguns sustos, como as três vezes
que o Vicente cortou a cabeça em quedas aqui dentro. O Vi aprendeu a nadar, fez
amigos e descobriu-se circulando sozinho pelo condomínio sem que nem
percebemos. Até fez o papel de psicólogo, me acalmando quando fiquei presa no
elevador. E se manteve calmo quando aconteceu com ele, a Martina e o Fábio.
Embora tenha me confidenciado que teve medo quando chegou a vez do pai pular
pela fresta que tiveram que passar. Os momentos tristes também tiveram seu
lugar. Foi aqui, enquanto brincava na pracinha com o Vi, que o Fábio recebeu a
notícia da morte do nosso querido Erlei. Amigo de uma vida. Sempre demonstrou o
amor que tinha pelo Fábio, que se estendeu a mim e às crianças. Aqui o Vicente
contraiu meningite viral, o que o impossibilitou de aproveitar sua festinha de
6 anos. Muito bem aproveitada pela Martina, que comemorou os seus 2 aninhos. E
foi aqui que recebemos no dia 24 de dezembro de 2011, a ligação do Maurício.
Atendi feliz pois o Vicente estava em casa e sem dores. A meningite estava
passando. Mas de lá vieram notícias tristes. Naquela manhã, a mãe tinha tido um
AVC. Foi olhando pela janela do nosso quarto que eu chamei o Fábio e abraçada
por ele, chorei. A mãe morreria dois dias depois, nos deixando, a todos, sem
chão. Como seguir sem ela então? Aprendemos. À forceps. Ainda choro de saudade.
Ainda sinto falta das ligações frequentes e tarde da noite como ela fazia, para
saber das crianças e me contar sobre ela, o pai e a turma de Itapema. Sinto
falta de ligar para saber o que fazer quando ficavam doentes os pequenos. Eu já
sabia o que fazer, mas ligava mesmo assim para ouvir dela, para que soubesse o
quanto eu ainda precisava, embora crescida e com filhos. Seguimos a vida
tateando e descobrindo. Tem dado certo, embora muitas vezes eu me pergunte o
que ela acharia dessa ou daquela decisão. O Vi entrou no primeiro ano e a
Martina no maternal. Nova escola para os dois, o João XXIII os acolheu e
encantou. Os desafios vieram um a um e eles foram superando. Chegou a vez da
Martina abandonar as fraldas e o "bubu novo". Trocaram as babás, as
professoras e até os "melhores amigos". Tudo alicerçado na rocha,
como nos disse o padre André no nosso casamento. E com a bênção de Deus e o
amor que sentimos um pelo outro, nossa família continuará feliz e sempre unida.
Nossa casa não será mais nessa rocha, mas em outra. E nela nossa vida
continuará cheia de alegrias, surpresas, gente amada, boa energia e algumas
tristezas, porque fazem parte, mas torço para que sejam pequenas e breves. As
gargalhadas serão muito mais presentes. Amei tudo o que vivi até aqui, tudo o
que vivi aqui. Meu coração sai partido desse apartamento, com uma saudade
antecipada. Mas também sai com fé na escolha que fizemos e no futuro que
construiremos juntos.
terça-feira, 10 de setembro de 2013
Os palavrões
A medida que as relações das crianças vão se ampliando, elas vão fugindo um pouco do nosso controle. Nos jogos de futebol e no recreio da escola, por exemplo, o Vicente tem aprendido palavrões de todos os tipos. O desafio não é blindá-lo para que não conviva com isso, até porque é impossível, mas fazer com que ele entenda que não devem ser repetidos. Temos conseguido. Quando ele quer se referir a algum palavrão, soletra letra por letra. Em compensação, a Martina está antecipando essa relação com os palavros, porque houve a gente explicar o que não deve ser dito. Ontem, na casa de uns amigos, ela me disse "mãe, né que "tru" não é palavrão?" - ela troca o c pelo t. Aí eu disse "não, tru não é". A amiguinha, que já tem quatro anos me disse "não é tru, é "tu" - a amiga não troca o c pelo t, apenas estava me explicando o que a Martina queria dizer. Respondi: "ah, "tu". Esse é palavrão sim, minha filha".
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