quarta-feira, 29 de abril de 2009

Bem, bem, bem...

Passou a Páscoa, a visita do vovô e da vovó, e eu atrasadíssima com tudo aqui no blog. Não foi de propósito, foi só falta de tempo. E agora, de volta à ativa com novidades. Ou melhor, novidade: o blog vai ganhar mais um personagem. E o Vicente vai ganhar um irmãozinho ou uma irmãzinha. Sim, isso mesmo, a família vai aumentar. Soubemos ontem. Estamos todos felizes, especialmente o Vi. Ontem, quando falamos sobre o bebê na barriga da mamãe, reagiu rapidinho dizendo: "vou ensinar a andar de bicicleta".

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Conforme a recomendação da vovó Mariazinha...

Promovi a intervenção coelhística lá em casa ontem. Comprei adesivos com pegadas de coelho e um saco de ovinhos. Enquanto o Vicente tomava banho, colei as pegadas da porta até o tapete, onde coloquei três ovinhos.

Quando saiu do banho, passou pelas pegadas sem ver. Tentei chamar a atenção dele dizendo que o meu pé estava coçando (parada ao lado das pegadas), mas ainda assim não viu. Minutos depois, passou por elas de novo e depois de ter passado, levou um susto e olhou para trás. Levantou os olhos para mim, já com um sorrido de orelha a orelha. Enquanto eu perguntava “o que é isso?”, ele já dizia “pegadas, pegadas de coelho” e seguia as pegadas em direção ao tapete.

Os olhinhos brilharam e o sorriso ficou maior ainda quando encontrou os ovos. “Olha mãe, um pra mim, um pra ti e um pro papai!”. Amado... nem era, coloquei todos lá para ele mesmo, mas não quis estragar o momento e deixei por isso. Por algum tempo ele ficou deitado no chão analisando as pegadas e comentando, coisas do tipo “ele estava com o pé sujo porque as pegadas são bem pretas” ou “vamos abrir a porta para ver as pegadas no corredor”. Nada. Esqueci que o coelho precisava andar do elevador até a porta e não pus pegadas lá fora. Inventei que ele chegou pulando pela janela do hall. Quinto andar, tudo bem, mas coelhos sabem pular muito alto.

Depois do jantar, hora de comer os ovos. Comi o meu, ele comeu o dele e o do Fábio estava guardado na carroceria de um caminhãozinho de cachorro-quente. A intenção era surpreender o papai, que a esta altura estava no jogo do Grêmio vendo o time ganhar de 3x0. Por vários minutos, depois de ter comido, o Vicente dizia “o papai nem vai acreditar nisso, nem vai acreditar nessas pegadas”. Depois de algum tempo: “vou segurar o ovinho do papai para ele”. Mais um tempo: “vou descascar o ovinho do papai e segurar sem papel”. Mais um: “vou dar só uma mordida no ovinho do papai, ta?”.
Intercedi: “filho, tu quer que a mamãe ligue para o papai para ver se tu podes comer o ovinho dele? Eu acho que ele nem vai estar com fome quando chegar”. Liguei. Vicente pegou o telefone, explicou tudo o que tinha acontecido, desde a entrada do coelho enquanto ele estava no banho até o ovinho descascado, mordido e já começando a derreter na mão dele. Por fim veio o “posso comer?”. Sim, é claro que sim.

Algum tempo depois, o papai chegou em casa e a história foi novamente contada, com detalhes e análises não ditas pelo telefone. Permeando todas as conversas, a mágoa do papai não ter comigo o chocolate começou a aparecer. Acho que o remorso ia bater logo, logo e certamente ia virar um rio de lágrimas.

Me apressei, peguei dois ovinhos no saco e coloquei numa cadeira perto de onde ele havia encontrado os primeiros três. Como quem passa ao acaso pela cadeira, eu disse “filho, olha aqui o que nós não vimos antes”. Alegria total. Um ovo para ele, um ovo para o papai. Devorados os ovos, veio a frase derradeira: “mas e a Rosa, por que o coelho não deixou nenhum ovinho para a Rosa?”

terça-feira, 7 de abril de 2009

Quase na Páscoa e nem sinal do coelho...

Tem momentos em que eu me dou conta do quanto acertei em não ter feito magistério. Tem umas coisas básicas a respeito da pedagogia infantil que eu não enxergo. Ontem, falei com a mãe e depois dei o telefone para o Vicente. Ele ficou tempo ouvindo uma história que ela contava. Peguei o telefone de volta e ela me disse que contou que o coelho tinha passado pela casa dela e deixado uma coisa lá, para que ela entregasse para o Vicente. Aí veio a pergunta crucial: "Vocês já fizeram alguma coisinha de Páscoa para ele?". Claro que não, mãe. Nem uma guirlanda na porta, nem um ovinho daqueles de esconder no meio da macela, nem mesmo uma explicação sobre o que é a Páscoa. Pensa que eu lembrei? Pra falar a verdade a única intervenção de Páscoa que proporcionei até agora foi passar embaixo do "túnel de ovos", como ele mesmo chama, quando vamos ao mercado. No mais, só ia pensar em ovinhos quando chegasse a Sexta-Feira Santa, que é feriado. Minha sorte, e a do Vicente também, é a escola. Onde estão aquelas que fizeram magistério e onde a pedagogia está a flor da pele. Essas sim, tudo sabem, tudo veem.

Momento sentimental

Sexta-feira, quando fui pegar o Vicente na escola, a professora me disse que no meio da tarde o Vi começou a contar uma história e caiu no choro. Perguntei que história era e ela disse que algo como um bolo que teria caído no chão. No carro indo para casa, perguntei que história era aquela de bolo caído. Sem pestanejar, Vicente relatou que a Rosa tinha servido um bolinho para ele. Daqueles bolinhos inglês, que a gente compra no mercado. Era o último e quando ele foi comer, deixou o bolo cair no chão. Aí o motivo da choradeira, tanto na hora do fato, quanto na hora de contar o fato na escola. Quando chegamos em casa, um bolo inteirinho, recém saído do forno, esperava pelo Vicente. Acho que a Rosa ficou com dó e resolveu compensar a perda.

Chupeta

Fomos sair no domingo, com o meu carro. Coloquei o Vicente na cadeirinha atrás, sentei no banco do caroneiro e o Fábio foi dirigir. Ao girar a chave, nada de sinal. Carro sem bateria. Enquanto eu e o Fábio falávamos sobre o que poderia ter acontecido, a voz do Vicente, segura do que afirmava, veio lá de trás:
"Tem que fazer uma chupeta!"