A memória do Vicente é uma coisa impressionante. Ele lembra das coisas por muito tempo depois delas terem acontecido. Às vezes, temos até dificuldade em descobrir do que ele está falando porque a nossa memória já colocou aquele assunto na reserva há muito tempo.
A nossa garagem, lá em casa, fica perto de um murinho de onde se vê uma casa. Esses dias o Vicente saiu do carro e correu para o murinho. Olhando pelo meio das colunas, ele dizia:
- inha ão (e fazia sinal com a mão para cima de que estava sentindo falta de alguma coisa ali)
Perguntamos o que era e ele repetia:
- inha ão, inha ão
Perguntado pela segunda vez, deu-se a luz. Ele respondeu com outra palavra que refrescou nossa memória:
- guilo
Quando o tio Grilo esteve aqui, houve uma "festinha" nos fundos daquela casa e o "Guilo" ficou por algum tempo mostrando a festa para o Vicente. o "ão" significava a ausência da "inha".
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