sexta-feira, 5 de outubro de 2007

Lúcio

Semana passada vivemos alguns momentos bem difíceis... O Lúcio desapareceu. Para os que chegaram agora ao blog, o Lúcio é o boneco preferido do Vicente, presente de batizado da dinda Grazi.

O fato se deu no dia 27 de setembro, em frente a casa da Chana. O Fábio foi visitá-la com o Vicente e o Lúcio. Na chegada, o Lúcio caiu em frente ao prédio e ninguém viu. Por sorte, o porteiro da garagem viu o boneco e, por azar, antes que ele pudesse resgatá-lo, uma mulher não identificada, acompanhada de uma menina, passou a mão nele.

No seu relato, o porteiro disse que ainda gritou para as duas avisando que o Lúcio tinha dono, mas não adiantou. As duas “deram de pernas” e fugiram levando o Lúcio.

Caos! Na primeira noite, o Vicente não queria dormir, pedia pelo “Úcio”. O Fábio, triste com a perda do boneco e sozinho em casa porque eu estava viajando, tentava administrar a situação e depois de algumas tentativas e diversos outros bonecos na cama, conseguiu que o Vicente dormisse com o coelho.

Quando eu cheguei e soube da notícia, minha tristeza foi pelo Lúcio. Coitadinho, longe de nós, do Vicente, como é que ele se sentiria em uma casa estranha, com uma criança estranha. Provavelmente ele estranharia o berço. E será que a menina saberia compartilhar a mamadeira de leite com ele como o Vicente fazia...

Pois bem, no dia seguinte, hora de procurar um novo Lúcio. Eu já tinha visto um igual em uma loja na 24 de outubro. Fui até lá e descobri que ela havia fechado. Não era “transferido”, era fechado mesmo. Procurei por mais algumas lojas de brinquedos e nada. Então, a derradeira solução: dinda Grazi.

Liguei, expliquei e pedi a ela que conseguisse um novo Lúcio o quanto antes. Foi a dinda Deti quem solucionou. Foi à loja, me ligou para confirmar qual a roupa e o tamanho que o Lúcio usava no momento do desaparecimento e comprou um igualzinho.

Era sexta-feira quando o Lúcio embarcou em Itapema, no ônibus da Penha, linha Brusque - Porto Alegre. A dinda Deti ligou avisando que ele estava caminho. Chegou aqui às 6h30 da manhã. Fomos buscá-lo na garagem da Penha.

O reencontro foi muito emocionante. Eu e a Gabi com os olhos embargados d’água, enquanto o Vi olhava para dentro do pacote onde enxergava a cabeça do Lúcio. Ele olhava e ria emocionado. Demorou para tirar o boneco de lá e quando tirou, abraçou-o sorridente e a palavra seguinte foi “kiko” (bico). Voltamos para casa com os dois abraçados, sentadinhos na cadeirinha no banco de trás.

Quanto ao antigo Lúcio, tomara que a menina que o levou tenha por ele o mesmo carinho que o Vi teve.

Nenhum comentário: